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BLOGUE DO MANEL

A vida tem muito para contar e partilhar com os demais. Esta é a minha rede social para partilhar histórias, momentos e pensamentos, a horas ou fora de horas, com e sem pés nem cabeça. Blogue de Manuel Pereira de Sousa

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A vida tem muito para contar e partilhar com os demais. Esta é a minha rede social para partilhar histórias, momentos e pensamentos, a horas ou fora de horas, com e sem pés nem cabeça. Blogue de Manuel Pereira de Sousa

O QUE FAZER À VACA E AO BURRO DO PRESÉPIO?

Manuel Pereira de Sousa, 24.11.12

Jumentos e bovinos estão em greve e prometem uma manifestação frente à Basílica de S. Pedro, no Vaticano, como forma de protesto em relação à recente teoria de Bento XVI – no presépio não existia nem burro nem vaca.
As figuras míticas que, ao longo de gerações e de séculos, acompanharam a Sagrada Família são desprezadas nos tempos actuais como se fossem figuras menos importantes e até inexistentes. Como é possível que a o sentimento maternal das mesmas, com a função de aquecer o estábulo onde nasceu o Menino Jesus, foi posta em causa pelo Papa?

Os fabricantes e comerciantes de presépios irão interpor uma providência cautelar contra o Papa, de forma a devolver a dignidade e importância aos animais – já que esta situação poderá provocar uma baixa das vendas e um excedente de burros e de vacas nos stocks de presépios já existentes, para venda no Natal.

Quando tanto se critica o conservadorismo da Igreja nas suas doutrinas, somos confrontados com esta mudança radical de imagem instituída do presépio – que faz parte do imaginário de muitos. Estamos perante o perigo da relatividade (?), a mesma que a Igreja Católica considera como sendo uma das causas para a decadência da sociedade?

Como vamos esclarecer as crianças que agora no presépio dispensamos o burrinho e a vaquinha? Como vou eu entender agora, que já sou crescido, que a imagem que sempre concebi do presépio alterou? O que vou fazer agora com as imagens do burro e da vaca?

Podem ver que Bento XVI criou uma série de questões existenciais em minha pessoa. Já não basta o tempo em que fui descobrindo que o Pai Natal é uma criação comercial.

O que acontecerão às piadas sobre o burro e a vaca, que partilhamos nas redes sociais, por e-mail ou SMS?

Lá no fundo acredito que, por carinho, as pessoas continuarão a ser fiéis ao burro e à vaca. Os presépios continuarão a ser como antes: musgo, ovelhas, moinho e uma série de personagens que se foram inventando para aumentar o número de figurantes e assim ter um presépio grande (alguns até com luz e carris para passar o comboio).

Gostava de perguntar a Bento XVI o que vai fazer à vaca e ao burro do Presépio da Praça de S. Pedro.

Para mim nada me demove: o presépio vai ser como antes.

AS VACAS SÃO SIMPÁTICAS!!!

Manuel Pereira de Sousa, 19.11.12


Os bovinos são animais engraçados – pelo menos é o que eu acho. Desde sempre simpatizei com eles, seja no campo a pastar, seja como um bom bife no prato ou uma vitela assada no forno – tão comuns na cozinha portuguesa.

Muito bem, chega.

Estes são uns animais simpáticos e, para quem gosta de fotografia, são muito fotogénicos. Têm aquela calma e pachorra, para ficarem durante longos minutos a olhar para a câmara fotográfica - alguns bovinos até fazem a pose e ficam de perfil ou de um ângulo que lhes é mais favorável.
Um destes fins-de-semana tive essa perceção, tirei dezenas de fotos de bois e vacas para o meu álbum de animais fotogénicos (que ainda não existe).
Até sou um tipo simpático para as vacas e bois. Eles olham para mim e eu cumprimento-os e teço alguns elogios, de forma que fiquem mais à-vontade e mais vaidosos para posarem no seu melhor. Porém, ficam parados a olhar seriamente durante tanto tempo – antes de seguirem a sua marcha – que me interrogo acerca do que lhes vai na cabeça enquanto olham para mim. Se calhar estão numa de gozo e tanga, para depois comentarem com as amigas durante o resto do caminho – eu não me importo, quero é fotografa-las.

A maior parte deste gado anda sozinho pelo monte; só no recolher é que se vê o pastor. Um deles teceu-me um comentário depreciativo que eu não entendi muito bem, só porque estava a tentar fotografar a sua vaca a comer na maior das calmas. Deve pensar: olha mais um cromo da cidade que vem fotografar as vacas e depois acham-lhes piada no prato. Pois que, se pensa assim engana-se: moro na cidade, mas fui criado no campo - não que tivesse de cuidar de bovinos – em que família próxima tinha gado e eu fui habituado a conviver com as vacas. Por essa razão, não tenho medo destes animais - apenas de alguns, que pela pose e forma de andar, são destemidos e bravos “com’ó raio”. Nos meus tempos de miúdo já espantei bois e vacas por mais que uma vez – ia agora ter medo.

Agora só me falta umas imagens das famosas “pegas de bois”, em que eles se batem entre si por domínio.

Por muito que alguns os queiram à distância, os bovinos são simpáticos.