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BLOGUE DO MANEL

A vida tem muito para contar e partilhar com os demais. Esta é a minha rede social para partilhar histórias, momentos e pensamentos, a horas ou fora de horas, com e sem pés nem cabeça. Blogue de Manuel Pereira de Sousa

BLOGUE DO MANEL

A vida tem muito para contar e partilhar com os demais. Esta é a minha rede social para partilhar histórias, momentos e pensamentos, a horas ou fora de horas, com e sem pés nem cabeça. Blogue de Manuel Pereira de Sousa

COMO É VIVER SEM REDES SOCIAIS?

Manuel Pereira de Sousa, 21.04.15

Estamos cada vez mais agarrados ao facebook, twitter, instagram e mais uma parafernália de redes sociais. Parece que tudo se tornou num vício e não conseguimos desligar por um momento. Qualquer coisa que aconteça lá vamos a correr atrás do Facebook. Entramos numa mania de ser sociais. Ao mesmo tempo caímos na tendência de sermos anti-sociais. Para quê encontrar com as pessoas se as temos num clique de telefone?

Não nos importamos que as baterias do nosso telefone durem menos porque este está sempre a conectar para ver se há novidades. Depois há aquela tendência para ver todas as notificações recebidas de quem fez gosto e comentou e comentou o comentário e assim sucessivamente. Daqui a pouco necessitamos de secretárias para gerirem a nossa rede social, capaz de fazer uma triagem do que para nós é importante e assim recebermos o que realmente interessa.
As redes sociais são massacrantes. Por muito que o pessoal diga que lá vai poucas vezes, as poucas vezes representam um tempo perdido em excesso, quando certamente esse tempo era mais útil a fazer uma outra coisa qualquer, mesmo na internet.
Os blogues também consomem o seu tempo na escrita de artigos, mas aqui existe uma diferença muito grande: não recorremos a eles a toda a hora e momento. Torna-se num ato mais saudável de partilha porque obriga-nos a ser sociáveis. As redes sociais são a partilha imediata, sem pensar nas razões, são o julgamento fácil e precipitado das pessoas e dos acontecimentos. Quem vem aos blogues procura opinião estruturada, ideias interessantes para tudo, até para o dia-a-dia. Os blogues por si só são mais construtivos (há excepções) e o tempo a ele dedicado não se torna perdido.

Por essa razão, que cada vez mais gosto da blogosfera. Partilho menos que numa rede social. Partilho com mais principio, meio e fim. Penso mais no que pretendo dizer e na mensagem que procuro passar ao meu público. Uma forma de se evitar a pastilha mascada e oferecida ao outro.

Seremos capazes de desligar das redes sociais para sermos mais úteis a nós próprios?

SILÊNCIO QUE AGORA FALA JORGE JESUS

Manuel Pereira de Sousa, 08.09.14

 

 

fonte da imagem: twitter

 

Pedro Boucherie Mendes tem razão. Ainda esta semana estava a almoçar e durante quase todo o tempo do meu almoço a televisão esteve a transmitir uma conferência de imprensa do Jorge Jesus. Durante quase todo o tempo, pensei que a televisão estava ligada na Benfica TV – não, não estava. Perguntei a outras pessoas que estavam ao meu lado se era assim tão importante o que ele estava a dizer - acho que ninguém estava a prestar atenção. Estaríamos em alguma fase futebolística tão importante que justificasse este tempo de antena? Pelos vistos não. Era uma semana como as demais. Peço desculpa aos meus amigos Benfiquistas – nada relacionado com o clube, diria o mesmo se fosse um outro treinador qualquer. Mas, é verdade que as nossas televisões estão mais preparadas para o futebol que para comentar e avaliar, com o mesmo detalhe, a decisão judicial do processo Face Oculta. Impressionante. Será uma questão de audiência porque o país se preocupa com muito com questões futebolistas?

Dada a importância do caso Face Oculta para a sociedade seria bem interessante que a comunicação social estivesse preparada para tratar do assunto com seriedade e destaque que merece. O meu receio é que o destaque agora dado seja inferior à fase do processo em que se falava de escutas, só porque um dos escutados foi o ex-primeiro-ministro, José Sócrates – o processo era mais que isso, quase 3000 páginas de acórdão. Ainda me choca algumas prioridades de assuntos e de polémicas nas notícias. Deve ser algo a que me terei de acostumar. 

SEM FACEBOOK E SEM GOOGLE - O PRINCÍPIO DO FIM

Manuel Pereira de Sousa, 10.12.12

De um momento para o outro milhões de pessoas em todo o mundo ficaram sem Google chrome para navegar na internet – simplesmente fechou-se. Milhões e biliões de pesquisas ficaram a meio, milhares de sites perderam as suas visitas, milhares de negócios ficaram pendentes, milhões de Euros, dólares e mais moedas ficaram por transacionar, milhões de e-mails ficaram por enviar. Foi assim na tarde de hoje. O Google desapareceu sem explicação para o mundo inteiro. Milhões de pessoas foram obrigadas a regressar a outros navegadores, que estavam a perder utilizadores – o bom filho à casa retorna.

Esta noite, o facebook provocou uma onda de caos nas redes sociais – simplesmente desapareceu como se a ligação tivesse caído. Milhões de partilhas ficaram por fazer, milhões de conversas foram interrompidas e muito ficou por dizer a quem estava do outro lado, milhões de mensagens ficaram por enviar, milhões de visionamentos perderam-se, milhões de likes deixaram de ser feitos, milhões de pessoas perderam a sua identidade por minutos – milhões deixaram de existir e sentiram-se remetidos ao silêncio e ao isolamento do mundo.

A dependência tecnológica provoca nas pessoas uma efusiva histeria e pânico como se estivesse a acontecer a pior coisa do mundo, como se estivéssemos no fim. Por momentos, voltaram a outros tempos, em que não se falava em redes sociais. Por momentos, aqueles que vivem fora das redes sociais sentiram a alegria de não terem esta dependência e reforçaram a sua ideia vincada de continuarem a ficar à margem de uma sociedade socializada Online.

O facebook voltou e, ao que parece, foi uma das palavras com mais destaques no twitter, onde muitos libertaram a sua revolta e promessa de mudar para outra plataforma que não lhes falte. As redes sociais que impulsionam as pessoas para a organização, revolta, manifestação, queda e ascensão de pessoas e grupos podem tornar-se inimigas de si próprias e condenarem-se ao desaparecimento, por causa da reação imediata de cada um que se sente frustrado por não existir.

Até onde poderá chegar algo que durou poucos minutos?

DOIS PORTUGUESES PARA GANHAR UMA MEDALHA?

Manuel Pereira de Sousa, 09.08.12

"São precisos dois portugueses para ganhar uma medalha. Assim se vê a produtividade do nosso país."  Ferreira in


Vou-me revoltar.

 

Li isto no radar do Sapo, de alguém que colocou no twitter. 

Então, deseja-se ganhar medalhas ou não? Mais vale uma medalha ganha com ajuda de dois portugueses, do que nenhum titulo internacional com 11 jogadores em campo.

Vamos continuar a acreditar no futebol, senhor de todas as alegrias do desporto nacional e incentivador da produtividade dos portugueses.

Neste momento, estou a imaginar os jogadores de futebol com grande revolta, por todas as atenções se voltarem para os homens da canoagem. Pena que, por estes não se faça barulho na rua - preferimos calar e manter o desejado espírito depressivo.