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BLOGUE DO MANEL

A vida tem muito para contar e partilhar com os demais. Esta é a minha rede social para partilhar histórias, momentos e pensamentos, a horas ou fora de horas, com e sem pés nem cabeça. Blogue de Manuel Pereira de Sousa

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A vida tem muito para contar e partilhar com os demais. Esta é a minha rede social para partilhar histórias, momentos e pensamentos, a horas ou fora de horas, com e sem pés nem cabeça. Blogue de Manuel Pereira de Sousa

HÁ SAÚDE NO SNS.

Manuel Pereira de Sousa, 27.05.15

A ideia que existe acerca do Serviço Nacional de Saúde (SNS) nem sempre é a melhor. Consequência de algumas experiências menos positivas e mesmo das notícias que normalmente só abordam os casos mais graves e com desfechos tristes. Pena a imagem positiva seja tão pouco realçada e nas bocas do mundo existam as más memórias.

 

Há dias, fui contactado pelo Centro de Saúde da minha área de residência para informar que me tinha sido atribuído um médico de família. Pelo que percebi, tinha de ter uma consulta para manter este médico. Marquei a consulta de imediato por telefone - atendimento com qualidade e eficiência.

Ter um médico de família é importante para qualquer cidadão, para se sentir acompanhado pelo mesmo profissional, que já conhece o histórico do seu paciente - assim se evita as mesmas explicações e se tenha de repetir o historial vezes sem conta, cada vez que se senta na cadeira do consultório.

Chegado o dia da consulta fui atendido na secretaria com simpatia e boa disposição logo ao início da manhã. Pelo que reparei na minha curta espera até ser chamado ao consultório, é normal este atendimento com qualquer pessoa. A única diferença entre o Centro de Saúde e uma clínica privada são as rececionistas jovens e bonitas - as do Centro de Saúde não são menos profissionais. Na consulta o atendimento foi excelente. Uma médica ainda jovem, simpática, disponível, preocupada em perceber o historial pessoal e familiar do paciente; fez os exames necessários, sem preocupações em prescrever medicamentos só porque sim, disponível para analisar as situações e para fazer os encaminhamentos necessários para as especialidades.

A imagem que tinha do SNS era positiva, mas desta vez superou ainda mais as expectativas. No SNS sempre fui bem atendido, até bem melhor que no particular a quem já tive de recorrer no passado. Só tenho pena dos tempos de espera nos serviços de urgência dos hospitais, como recente experiência com um familiar que passou uma noite para ser atendido porque, apesar de poucos pacientes, existia apenas um médico de serviço na urgência num hospital central.

 

O que me parece que esteja mal do SNS é o corte de pessoal e outros recursos. Os profissionais, salvo exceções, são de grande competência e merecem ser valorizados por isso mesmo.

A LEGIONELA SAIU À RUA

Manuel Pereira de Sousa, 16.11.14

Nunca lugares de Forte da Casa ou Via Longa, em Vila Franca de Xira, tiveram a mesma projecção em todo o país e mesmo no mundo, após o insólito caso de propagação da Legionela. Dizem que se trata do terceiro maior surto de sempre desta doença. Uma bactéria que se desenvolve nas gotículas de água, que se espalhou pelo ar e alegadamente proveniente de torres de refrigeração. Há a lamentar as 8 mortes e as 311 pessoas infetadas até ao momento.
Conhecido o foco de contaminação resta agora saber se as responsabilidades serão apuradas e a justiça seja feita.

No meio da desgraça resta saber que felizmente o caso foi muito bem gerido por profissionais de saúde, investigação, Direção Geral de Saúde e Ministério de Saúde. O reconhecimento de todo o trabalho realizado nestes dias mais caóticos foi notável - permite-me acreditar que o nosso Sistema Nacional de Saúde funciona de forma eficaz, apesar dos seus defeitos.

Nos primeiro dias de deteção do surto foi notória a tentativa de especulação e de criação de alarme por parte de alguns meios de comunicação social, vocacionados para criar medo e pânico. Porém, quer o Diretor Francisco George, quer o Ministro Paulo Macedo, souberam estar à altura de coordenar e informar a opinião pública da evolução da situação. Na euforia das conferências de imprensa com muitas perguntas, souberam aconselhar, explicar e acautelar para os riscos de mais casos e mais mortes. Souberam passar uma imagem de rigor, credível e nos momentos adequados. Para os moradores destas localidades foi essencial existir todo este cuidado e aconselhamento, que evitou situações de alarme numa dimensão muito mais grave.

É importante criticarmos o que está mal conduzido, mas é muito importante felicitar e reconhecer o bom trabalho feito seja ele por quem for.