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BLOGUE DO MANEL

A vida tem muito para contar e partilhar com os demais. Esta é a minha rede social para partilhar histórias, momentos e pensamentos, a horas ou fora de horas, com e sem pés nem cabeça. Blogue de Manuel Pereira de Sousa

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OMNIPRESENÇA DO SISTEMA COMO GRANDEZA DIVINA.

Manuel Pereira de Sousa, 17.08.13

Trabalho numa empresa, onde existe um sem número de aplicações informáticas, algumas muito complexas, que interagem de tal forma que nem eu consigo perceber muito bem a dimensão do sistema que se cria em torno de tudo aquilo, para que funcione. Quando alguém me diz que não consegue fazer algo porque o sistema não permite, sinto uma inquietação com esse termo – o sistema – pois se me perguntarem o que é eu não sei definir. O sistema (e abro os braços) é algo superior, que do físico se torna em abstracto e omnipresente.

O Estado é algo semelhante e muito mais complexo – tem omnipresença, lidera sistemas informáticos e gere muito dinheiro e pessoas. A sua omnipresença é tal, que a maioria dos portugueses vive dependente dele – salários, subsídios, pensões, impostos, saúde, educação, justiça, etc - e torna esta figura sem rosto responsável pela forma como tudo é gerido. A sua omnipresença não resolve todos os problemas porque permite que uma série de pessoas cometa atropelos e injustiças sem que sejam julgados.


O Capitalismo é outra das figuras sem rosto e omnipresente; controla pessoas e dinheiro, chega a ter a dimensão que ninguém sabe ao certo qual é, tal a capacidade de se ramificar por entre países e paraísos. Sabemos do seu poder, contestamos a sua actuação, mas nada podemos fazer para o derrubar porque não tem rosto.


É difícil para muitos acreditar que Deus existe porque consideram impossível a sua omnipotência e omnipresença; porém, vivemos rodeados de sistemas abstractos criados pelo homem, mas que deixa de ter qualquer controlo sobre os mesmos, tal a capacidade que adquirem se tornarem em algo muito superior à dimensão humana.


Por vezes, o sistema é a justificação para as incompetências de pessoas que vêem nele a justificação para todas as coisas e o motivo para o conformismo.