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BLOGUE DO MANEL

A vida tem muito para contar e partilhar com os demais. Esta é a minha rede social para partilhar histórias, momentos e pensamentos, a horas ou fora de horas, com e sem pés nem cabeça. Blogue de Manuel Pereira de Sousa

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EU GOSTAVA DE SER POETA! GOSTAS DE POESIA?

Manuel Pereira de Sousa, 10.08.12

«Ser poeta é ser mais alto
É ser maior que os Homens» 

Florbela Espanca
 

Já ouviram ou leram estes versos certamente. São versos mágicos, que elevam o poeta ao mais alto da sua alma e da sua existência, na sua humildade profunda, mas tocante.

É bonito, claro que sim.
Eu gostava tanto de saber conjugar as palavras e torna-las tão mágicas que fossem capazes de encantar os leitores, a ponto de sentirem um orgasmo literário profundo e de sentirem a sua alma sugada para o interior dessas palavras.

Foi dolorosa a descrição? Ups! Tenham calma. Foi só uma forma de querer exprimir-me até à profundidade, transformado e encantado pela beleza das palavras que escrevo.


Acharam belas e tocantes estas palavras? Consegui sugar-vos a alma? Consegui provocar um espasmo literário? 
Pois.... Fico triste se não consegui. Bem, acho que vou deixar as minhas criações poéticas para outros dias mais inspirados - pode ser que ganhe algum jeito. Será? Quero acreditar que sim.
 

                                                                   «O sonho comanda a vida» 


Confesso que, por vezes, desejo ser poeta e acho-me capaz de criar versos e poemas deliciosos; pelo menos mais deliciosos que muitos que leio por aí, que apenas servem para criar rimas e soar a algo de bonito, mas que é uma seca e não tem sumo algum - uma amálgama de palavras. Depois perguntam do alto do seu esplendor: Gostaram da intensidade? Foram sofridas estas palavras. Intensidade é a dureza com que as levo - como se fosse um soco - e sofrida é a forma com que sou obrigado a ouvir ou a ler.

A poesia é linda, mas escrita por bons poetas - independentemente de serem conhecidos. Depois há a poesia de seca que incentiva ao bocejo e ao sono.

Lembro-me de, quando andava na escola, sentir a disciplina de português uma grande seca (desculpem-me os professores de português) quando se estudavam poemas e autores, rimas e significados. "Cruzes" aquilo secava-me tanto, até ao tutano, que pouco de mim sobrava no final daquelas aulas. Nos testes não havia sebenta que me safasse. Lia e relia a poesia e parava à espera que do alto da minha inteligência alguma luz acendesse, para escrever alguma coisa (por mais parva que fosse). Devem imaginar as minhas notas a português. Passei, subi a nota no exame nacional, mas não quero falar mais nisso. Foi o meu calvário.

Hoje, tenho Miguel Torga à cabeceira e a Mensagem, de Fernando Pessoa, no meu pensamento.

 

(pode ser que falemos deles mais um pouco). 

O PODER DAS PALAVRAS: ESPANHA NÃO PEDE RESGATE, MAS EMPRÉSTIMO.

Manuel Pereira de Sousa, 13.06.12

O poder da palavra é poderoso.

Porque te estás a lembrar disto? Bem, já tinha esta noção anteriormente, mas a cada passo constato que é uma grande realidade. Veja-se o exemplo de Espanha, onde também se sente uma crise danada e pouco se fala dela como certamente se fala na crise portuguesa. Vejamos como se apregoa à boca cheia - apregoa o Governo Espanhol - que a Espanha não está a pedir um resgate de 100 mil milhões de Euros, está sim a pedir um empréstimo.

 

Mas, é tudo a mesma coisa? Na realidade é. Sabemos bem que sim. Todo o dinheiro que vem da Troika é um empréstimo ou um regaste - chamem-lhe o nome que desejar. A forma como é encarado psicologicamente é bem diferente e soa a algo menos grave - como a querer convencer os mercados e a Europa que a economia está saudável.

Todos acreditem ou não, é um truque que produz os seus efeitos.

Bem, agora devem perceber porque o nosso primeiro diz que o desemprego é uma oportunidade. O que vos parece?

 

O poder da palavra...