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BLOGUE DO MANEL

A vida tem muito para contar e partilhar com os demais. Esta é a minha rede social para partilhar histórias, momentos e pensamentos, a horas ou fora de horas, com e sem pés nem cabeça. Blogue de Manuel Pereira de Sousa

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OS ESCRITORES NÃO SÃO TOTÓS - APRECIAM O BELO DE FORMA PROFUNDA

Manuel Pereira de Sousa, 17.08.12

 Da página do grande escritor Pedro Chagas Freitas recolhi este texto que decidi partilhar convosco: 


Pedro Chagas Freitas

 

Dizem que os escritores têm ar de totós; que são uns tapadinhos; que vivem na solidão; que são neuróticos e outras coisas mais no se sentido menos positivo. Depois de lerem o texto que retirei do escritor Pedro Chagas, dá para ficar com a ideia do contrário?

Os escritores são homens como os demais? Sim, como humanos, são seres com as mesmas necessidades fisiológicas. Porém, são algo mais superior  porque apreciam o belo e o prazer de uma forma profunda, que conseguem transparecer para as palavras; enquanto dos demais apenas soltam suspiros e gemidos que se ficam só por aí.
Amor, sexo e paixão e toda a fogosidade ardente não pode ficar apenas no momento - ou então esvazia-se - tem de ficar imortalizado em palavras sentidas e profundas. Não se pretende menorizar os sentimentos dos demais, que não conseguem exprimir em belas palavras o fogo que sentiram no momento do prazer; apenas não se pode manter o preconceito dos escritores em relação ao amor (que não tem de ser sofrido) ou ao sexo (que não tem de ser tabu). Todos podem ser capazes de saborear e sentir arduamente os momentos quentes e fugazes do amor e do sexo - mais que meras necessidades fisiológicas do homem.

UM POETA EM GRANDE ENTRE OS PEQUENOS

Manuel Pereira de Sousa, 12.08.12

Já escrevi por aqui que não tenho qualquer jeito para poesia. Lá no fundo admiro a capacidade dos poetas, dos escritores - lá no fundo porque eu estou a anos-luz do trabalho destes.
Porém, hoje decidi fazer descer sobre mim o dom de escrever versos, assim como muitos que escrevem poemas mas que não têm qualquer jeito (podem incluir-me nesse grupo).

Aqui vai:

 

Poesia não tem de ser:

um fado triste,

murmúrio do passado,

lamentos do presente.

 

Poesia deve ser:

riqueza interior,

pensamento do momento 

e gestos da alma.

 

Viver para a poesia

não tem de ser vida amargurada,

sonho irreal

ou momento doloroso.

 

A poesia vive:

do poeta com sentimento,

da alegria, amor e paixão,

em profundo desprendimento

entre o sentimento e a razão.

 

Poesia será sempre:

o pensamento,

o grito,

na força das palavras

ou da forma como são ditas.

 

Foi lindo (pelo menos para mim que me limito a estas palavras)! Foi sentido! Veio-me lá do fundo arrancado a ferros.