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BLOGUE DO MANEL

A vida tem muito para contar e partilhar com os demais. Esta é a minha rede social para partilhar histórias, momentos e pensamentos, a horas ou fora de horas, com e sem pés nem cabeça. Blogue de Manuel Pereira de Sousa

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A vida tem muito para contar e partilhar com os demais. Esta é a minha rede social para partilhar histórias, momentos e pensamentos, a horas ou fora de horas, com e sem pés nem cabeça. Blogue de Manuel Pereira de Sousa

A NOITE DE BRAGA PODE SEMPRE SER UMA SURPRESA

Manuel Pereira de Sousa, 28.02.15

Quando penso que a noite da cidade de Braga não surpreende engano-me redondamente - há sempre qualquer coisa que não estava à espera. Divertir um bocado, beber um copo e até ouvir uma música agradável era algo que três pessoas estavam a pensar numa noite que se tornou morrinhenta por causa da chuva. Depois de um café no Estúdio 22, fomos experimentar o Soho Club. O bar é engraçado, decoração simples, com mesas altas - como gosto - e em formato de bidões pintados de preto e bancos confortáveis. Nas paredes referências a Londres, a Nova Iorque e uma original entrada para a casa de banho - a porta tem estampada uma daquelas cabines de telefone vermelhas, bem à moda antiga. A casa de banho não experimentei, mas uma das minhas amigas foi e gostou do creme para lavar as mãos por ser macio e cheiroso. O atendimento é simpático. Eu pedi um Porto e as minhas amigas um Gin Bulldog (se não estou em erro), que provei e tinha um travo muito agradável a maçã com canela - para quem não aprecia muito Gin até gostei. Pedi um Porto tinto, que preferia que viesse um copo mais adequado à bebida e numa quantidade um pouco mais generosa - um pouco mais apenas. O ambiente estava calmo e agradável, mas após a meia-noite a música sobe de tom, o que torna a conversa mais difícil. Muita luz de várias cores. Nota-se muito mais gente com um ar muito produzido e formal - sobretudo o lado feminino -; elas olham para elas e comparam-se muito na forma como vestem. Creio que um excesso de produção para o tipo de local, ainda que seja um ponto de passagem para outras paragens da noite. A certa altura da noite nota-se que as pessoas pouco se divertem, quem está de pé não vive a música, praticamente que não dança e torna-se num espaço em que uns estão a olhar para os outros, pois não há diálogo possível. A música deixa muito a desejar - brasileirada sem jeito ou espanholadas que não têm qualquer qualidade - exemplo de letra: é jajão, pior que bola de canhão (ou algo parecido) -, são definitivamente para rir. Não esperava ouvir música como esta num bar que tem a sua graça e com pessoas simpáticas no atendimento. A música foi o que mais ficou desta noite, que deu para rir um bocado. Por isso digo, que a noite em Braga pode sempre surpreender.

A NOITE MAIS LONGA

Manuel Pereira de Sousa, 21.12.14

Dizem que esta é a noite mais longa do ano. Também da História. Serão necessários milhões de anos para que este fenómeno aconteça. Impressionante que o mundo nos brinde a cada ano com coisas únicas que mais tarde podemos recordar - eu vivi a noite mais longa da História. Porém, estes acontecimentos passam ao lado de muitos. Esta é uma noite como todas as outras - terá mais uns minutos apenas. O Homem precisa de valorizar estes acontecimentos únicos para que a sua vida tenha outro interesse. São as nossas prioridades que nos desligam do fascínio que o Universo nos oferece. Assim esquecemos as maravilhas com que somos contemplados e que nos podem fazer mais felizes e mais interessantes.

 

É certo que o conceito de noite mais longa do ano pode variar muito. Pode ser a metáfora tantas vezes usada quando pretendemos descrever a noite em que algo de muito importante aconteceu nas nossas vidas. A noite mais longa do ano - aquela em que se quebraram todas as regras; aquela que nos fez viver intensamente como se fosse a última das nossas vidas; aquela que perdurou para além do nascer do sol; aquela que marcou a memória para sempre. O conceito pode ser diverso. Mas esta noite está para lá de qualquer metáfora da vida: é efetivamente a noite mais longa da História.

HÁ NOITES EM QUE NÃO SE ESCREVE - VIVE-SE

Manuel Pereira de Sousa, 05.01.13

Está na hora de dormir, mas há palavras que ficam por escrever porque há noites em que não se escreve – vive-se.
Dizem que de palavras está o mundo cheio – eu cá penso que faltam muitas mais palavras que aquelas que ouvimos ou lemos; palavras diferentes das que nos fartamos de ouvir. Mas, mais que as palavras, viver a vida e cada momento é muito importante para a saúde da Humanidade – se calhar o mundo vive pouco do que tem à sua volta para desfrutar.

Estou muito filosófico? Pois, mas a esta hora não sai outra coisa que não isto, depois de um jantar, uns copos de sangria e pelo meio assistir a um Karaoke (eu não gosto de karaoke e ninguém me deve ter visto por perto a cantar e a embalar nas músicas).