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BLOGUE DO MANEL

A vida tem muito para contar e partilhar com os demais. Esta é a minha rede social para partilhar histórias, momentos e pensamentos, a horas ou fora de horas, com e sem pés nem cabeça. Blogue de Manuel Pereira de Sousa

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A vida tem muito para contar e partilhar com os demais. Esta é a minha rede social para partilhar histórias, momentos e pensamentos, a horas ou fora de horas, com e sem pés nem cabeça. Blogue de Manuel Pereira de Sousa

MANUEL DE OLIVEIRA ALGUÉM SE LEMBRA?

Manuel Pereira de Sousa, 10.04.15

Deixei o tempo passar. Foi intencional. Queria que passassem alguns dias para falar de Oliveira – o cineasta. Durante alguns dias que sucederam à sua morte foi a figura central das nossas notícias – ainda bem. Ainda bem que alguma vez este homem mereceu a atenção dos portugueses, a atenção que merecia em vivo. O Homem tem esta fraqueza. A fraqueza de lembrar das pessoas quando estas partem. Fica o sentimento. Fica a memória. Fica o arrependimento de não se ter dado a devida importância enquanto a sua alma esteve entre nós. Não se trata apenas de um mal português. É mais que isso. É um mal da Humanidade. Um mal que se repete e repetirá até ao final da nossa existência. Criticamos a atitude. Caímos sempre nela. Não há remédio. Interessante os inúmeros comentários que ouvi e li. Havia muito sofrimento e sentido de perda no ar. Excessos. Simplesmente excessos de muitos quem nem um filme viram. Excessos de muitos que torceram o nariz quando se tratava de ver um filme de Manuel de Oliveira. Abriram a boca. Na hora da sua morte chora-se lágrimas de crocodilo. É socialmente aceite. Fica bem comentar a beleza artística de Oliveira.

Procurei não cair nesse erro de comentários. Estaria a ser hipócrita. Nunca vi um filme do Manuel – podem-me condenar por isso. Inculto. Sim, podem-me apelidar disso mesmo – é uma verdade. Nunca vi porque nunca se proporcionou. Pode ser que um dia se proporcione. Nesse momento, poderei tecer algum comentário. Quando o fizer serão poucos a fazer um like na minha página. Facilmente se esquece. A memória só é lembrada quando se morre. Tudo o resto é História.