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BLOGUE DO MANEL

A vida tem muito para contar e partilhar com os demais. Esta é a minha rede social para partilhar histórias, momentos e pensamentos, a horas ou fora de horas, com e sem pés nem cabeça. Blogue de Manuel Pereira de Sousa

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A vida tem muito para contar e partilhar com os demais. Esta é a minha rede social para partilhar histórias, momentos e pensamentos, a horas ou fora de horas, com e sem pés nem cabeça. Blogue de Manuel Pereira de Sousa

QUANDO A INDEPENDÊNCIA ESTÁ EM PERIGO.

Manuel Pereira de Sousa, 02.12.13

O 1 de Dezembro não foi feriado - já estava previsto -; porém, foi muito lembrado - se calhar mais lembrado do que quando era feriado. Em Portugal, por vezes, as coisas funcionam assim - depois de as perder é que se lembra a importância que têm. Até que o Governo tivesse a terrível ideia de diminuir ao número de feriados pouca importância se deu ao seu significado, quando na realidade estes tinham mesmo muito significado para o país, para a sua cultura e para a sua identidade.

Retirar o 1 de Dezembro, que comemora a Restauração da Independência, em 1640, altura em que deixamos de estar sob o governo dos reis Filipes de Espanha, é o mesmo que dizer que o país perdeu, nos tempos que correm, a independência - verdade seja dita que estamos debaixo do governo e vontade da Europa e do FMI e que a independência para decidir o futuro já era.

Somos um país com fronteiras, mas nem por isso longe de alguns perigos do passado e da História; os tempos de guerra com os nuestros hermanos já lá vão, mas nem por isso estamos livres de nos quererem retirar o que nos pertence e que foi sendo nosso - as ilhas Selvagens. É certo que naquelas ilhas não mora lá ninguém, mas a Espanha está muito interessada em as ter como suas porque sabe que pode assim ter a maior zona exclusiva de costa, para dela tirar proveito económico. Portugal é o país com maior zona económica marítima e não podemos deixar que outros nos tirem o que quer que seja ou então abrimos um precedente para nos tornarmos numa província de Espanha como alguns dos lados de lá da fronteira gostariam que fossemos. Apesar de ser crítico quanto à actuação do nosso Presidente da República, considero que a sua ida às selvagens para lá pernoitar foi mais que uma viagem turística  - foi um sinal claro de que é necessário defender o território de outros países que se querem aproveitar.
Talvez muitos portugueses ainda estejam pouco sensibilizados para esta questão.

 

Precisamos de ter mais sentido patriótico e defesa do que nos pertence e valorizar o que é produzido cá.

Pode ser um texto exagerado da realidade, mas, por vezes, temo que esse exagero existe na prática e nós lembramos a nacionalidade e o hino apenas nos estádios de futebol. Não gosto dos que dizem que Portugal não presta e não vale nada. Portugal é grande em muitos sentidos, necessitamos é de ser mais patriotas.

JÁ NÃO HÁ INDEPENDÊNCIA PARA COMEMORAR A RESTAURAÇÃO

Manuel Pereira de Sousa, 01.12.12

A terminar um dia de feriado – 1 de Dezembro – o último em que se comemora a Restauração da Independência – que ocorreu a 1 de Dezembro de 1640.
 

Restauração da independência? Sim, conta a História que, em tempos idos, vivíamos sob a dinastia Filipina – Filipe I (II em Espanha), Filipe II e Filipe III – que colocou em causa a soberania da nação.
Porque caímos nesta situação delicada? O Rei D. Sebastião, como todos sabem, desapareceu em terras de África (não se soube do seu paradeiro) sem deixar qualquer descendente (ainda era muito novo).

Assim está explicada a razão para que o dia de hoje seja declarado feriado e muito importante – ou não estivessem os portugueses contra o Governo por o ter eliminado. Eu concordo com o Governo. Sim, para quê sermos saudosistas e desejarmos um feriado que comemora a independência que já não existe? Não somos independentes, mas dependentes de ajuda exterior – pedida por certos governantes – que, para além de trazer umas tranches, corta e risca no que deve ser feito no nosso país - trata-se de uma espécie de governo tripartido.

Eu já andava desconfiado que a independência era condição do passado. A certeza confirmou-se quando o Presidente da Republica hasteou a bandeira nacional ao contrário, no dia 5 de Outubro, como que um pedido de socorro denunciando oficialmente a perda de soberania. Afinal, a Republica já não existe.