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BLOGUE DO MANEL

A vida tem muito para contar e partilhar com os demais. Esta é a minha rede social para partilhar histórias, momentos e pensamentos, a horas ou fora de horas, com e sem pés nem cabeça. Blogue de Manuel Pereira de Sousa

BLOGUE DO MANEL

A vida tem muito para contar e partilhar com os demais. Esta é a minha rede social para partilhar histórias, momentos e pensamentos, a horas ou fora de horas, com e sem pés nem cabeça. Blogue de Manuel Pereira de Sousa

AS COSTAS LARGAS DE HENRIQUE RAPOSO

Manuel Pereira de Sousa, 25.08.14

O cronista Henrique Raposo, do Semanário Expresso, escreveu estes dias sobre o Algarve. Polémica instalou-se. Pelos vistos muitos Algarvios manifestaram repudio pela forma como o cronista falou do Algarve. Eu se fosse algarvio também me manifestaria contra – “quem não se sente não é filho de boa gente”. Mas, pelos vistos o artigo pode ter sido lido a metade – eu na altura li por completo. Conclusão: a par de uma critica vem um elogio ao povo algarvio. Acontece que foi esquecido ou apagado das memórias de quem leu e de quem partilhou o artigo pela Internet.

Eu nunca passei fárias no Algarve, nunca fui apologista das corridas no mês de Agosto em direção à confusão do Algarve – pode ser que um dia vá. Porém, conheço muitos que para lá vão e há opiniões para todos os gostos. Muitos adoram porque ficam em zonas mais calmas e pacatas. Muitos protestam porque na confusão não são atendidos como deviam e a par dos preços elevados da época alta, nem sempre há sorrisos no atendimento do cliente/turista. É muito difícil no mês do aperto esboçar sorrisos e atender com calma. Por um lado compreendo quem trabalha – eu trabalhei na área da hotelaria e sei bem o que custa – e por outro compreendo o cliente que paga para ser bem atendido/servido.

Apesar de todos os prémios que o Algarve vem recebendo anualmente como um dos melhores destinos turísticos do país e mesmo internacionais, sempre existiu - acredito que erradamente – o preconceito de que o português parecia não estar no seu próprio país, em que o atendimento era sempre iniciado em inglês – a piorar esta ideia foi a ideia luminosa de algum ministro em rebatizar a região para Allgarve -; eu bem me poderia queixar porque quer a norte, quer a sul muitos se dirigem para mim em Inglês (mesmo o arrumador de carros).

Eu gosto de defender o meu povo e a minha gente e acredito que no Algarve e em qualquer região do nosso país o povo é simpático, acolhedor e até com certo ar bonacheirão.

Porém, em relação ao artigo há um certo alarido, se calhar desnecessário, porque em todo o artigo, Henrique Raposo, faz uma análise com os lados bom e menos bom do Algarve. Talvez houve quem ficasse pelo artigo à metade. Em tudo há um lado bom e menos bom – até em nós.

Enquanto há quatro décadas eramos silenciados pela censura imposta pela ditadura, com a liberdade a censura passou a ser imposta pelas pessoas; passou-se a ter muito cuidado com a opinião manifestada e o impacto que esta pode ter nas redes sociais. Por vezes, situações, expressões são retiradas do seu contexto, sem que se tenha refletido na alteração que pode sofrer fora do seu contexto.

O direito ao contraditório é importante, mas com alguma dignidade, discussão saudável e sem extremismos. Com a sociedade livre poderemos ficar atingidos pela autocensura e ficamos pior que há 40 anos.
Por estas situações deturpadas da realidade é que concordo com aqueles que preferem ficar fora das redes sociais – ainda que seja um grande esforço para o fazer – mesmo que sejam considerados retrogradas.

Quem escreve tem mesmo de ter costas largas ou então fica quieto – Henrique Raposo acredito que as tenha.

OBRIGADO SAPO!

Manuel Pereira de Sousa, 15.08.14

Obrigado sapo pelo destaque na página principal.

Muita gente veio cá ler e pensou de forma diferente sobre a urtiga (ou não). Em semana de férias para muitos portugueses dá mesmo vontade de mandar isto tudo às urtigas - até o tempo quando não ajuda com as suas temperaturas de Primavera; até nossos conhecidos da política que fazem o seu tradicional regresso. É tempo de aproveitar o pouco tempo que temos e esquecer aquilo que nos preocupa. Temos esse direito.

 

 

COMO FICAR BRONZEADO SEM SOL?

Manuel Pereira de Sousa, 03.08.14

Pois que o verão está a pregar umas partidas aqui ao pessoal. Querem todos ir de férias, para apanhar banhos de sol. Sol? Onde está ele? Foi de férias? Também ele quer apanhar sol. Sol escondido e temperaturas amenas fazem as delícias de quem não gosta de calor.
Será que este verão as pessoas vão estar mais brancas que normal? Talvez. Mas pensem bem: para quê apanhar sol se as peles morenas ficam envelhecidas mais cedo? Eu gosto da brancura, que torna a pele mais jovem. Enfim. Digo isto porque não fico moreno nem por nada, a começar pela pouca paciência em estar deitado a torrar na toalha.

A propósito. Há um artigo no jornal Sol que refere dez alimentos que ajudam a ficar bronzeado, pela sua quantidade de betacaroteno. Sim. É esse senhor que pode fazer alguns milagres. Poderia haver em pó ou pomada para deitar sobre a pele e assim evitar que se tenha de comer grandes quantidades destes alimentos, por muito que goste deles.

Enfim, foi algo que me lembrei de partilhar enquanto lá fora chove como se fosse inverno.

AGORA SÃO AS ALFORRECAS, AS CARAVELAS?

Manuel Pereira de Sousa, 30.08.12

Primeiro um tubarão em Vila Nova de Mil Fontes, agora alforrecas - a caravela portuguesa - também por lá. Serão sinais do além que nos querem dizer alguma coisa?

Podiam oferecer umas Caravelas aos senhores do FMI. de certeza que iriam gostar da prenda. Afinal, foram as Caravelas e as Naus portuguesas que deram novos mundos ao mundo.

O TUBARÃO EM ÁGUAS PORTUGUESAS NÃO ERA O ATAQUE DA TROIKA. APÓS INTERROGATÓRIO FOI MULTADO POR TRANSGRESSÃO

Manuel Pereira de Sousa, 22.08.12

Um tubarão terá sido avistado junto da costa, em Vila Nova de Mil Fontes, provocando o pânico de centenas de pessoas que se encontram na praia e a banhar-se na águas do estuário do Rio Mira. O primeiro avistamento terá ocorrido no dia 21 de Agosto, por volta das 16h:20m, por vários banhistas que alertaram os nadadores salvadores. Logo de seguida foram hasteadas as bandeiras vermelhas por precaução e a polícia marítima tratou de fazer uma vigia pela zona, para saber do que se tratava.

Inicialmente, por falta de informações, apenas dos testemunhos, foi difícil descrever de onde terá surgido o tubarão e qual o circuito que estava a fazer. Porém, ao final de algumas horas, a polícia marítima, com ajuda dos Serviço de Informação, encontraram o tubarão parado bem perto da costa portuguesa a falar ao telefone. Os agentes de segurança abordaram o desconhecido para obter informações mais precisas do que se estaria a passar. Desconfiaram se tratava de uma contratação da troika, para lançar mais um ataque sobre os portugueses, de forma a provocar fortes atenções sobre si, enquanto Pedro Passos Coelho anunciaria a medida de corte do 13º mês, sem que os portugueses contestassem.

 

Decretada a ordem de prisão, o tubarão foi sujeito a um longo interrogatório, a fim de saber realmente quem o contratou, ou seja, se terá sido a troika. Ao que tudo indica, o tubarão estaria a fugir da troika - este costuma navegar em alto-mar (como quem diz, em auto-estrada) por questões migratórias (o mesmo que acontece no mês de Agosto com os emigrantes que por cá passam) e devido à crise, assim como, implementação de portagens em alto-mar, optou por navegar junto à costa para poupar na viagem.

Após serem dadas como provadas as declarações prestadas pelo tubarão, a polícia marítima decidiu autuar o dito por excesso de velocidade em águas costeiras, pondo em risco a vida de pessoas. Além disso, ficou sujeito a apresentações periódicas na capitania até decisão final do Tribunal, por ter sido apresentada queixa por alteração da ordem pública.
Por esta razão, será natural que, regularmente, o tubarão seja visto perto da zona costeira para apresentação às autoridades até o processo em Tribunal ficar terminado (já devem imaginar quanto tempo vai demorar).

Neste momento, as pessoas podem voltar sossegadas até à praia e conviver com o animal, que aproveitou para apanhar uns raios de sol em terras portuguesas. 

TAMBÉM QUERO FÉRIAS!

Manuel Pereira de Sousa, 18.08.12

Hoje o que mais ouvi no final do dia de trabalho foi: «Boas férias para mim!», «Férias!», «Eu também não venho!», para além de já sermos massacrados durante todo o dia com a constante contagem decrescente que vão fazendo. Eu também queria dizer o mesmo, estar na mesma excitação de querer ir de férias, mas há que aguentar mais umas semanas, até à chegada da minha vez.
O mal de estarmos constantemente a ouvir esta forma de despedida faz com que o corpo e a cabeça travem uma batalha terrível contra o cansaço e o pensamento de que ainda tenho de esperar - há que mentalizar que ainda não chegou a minha vez e ainda tenho muito que trabalhar até lá.

Férias são férias, que todos as gozem muito bem, mas que não me chateiem a moleirinha e que tenham dó por quem fica ali a penar num imenso espaço que se transforma e algo vazio.


Muitos perguntarão: Porque não vais também?

Pois, isso é que era. Alguém tem de ficar para que as coisas rolem pelo melhor. Além disso, tirar férias em Agosto é fazer o mesmo que grande parte da população activa. Prefiro mais tarde, para evitar as confusões na ida para a praia, nas esplanadas, no espaço do areal. Se quiser sair, poupo dinheiro com os preços mais baixos e um atendimento mais cuidado e com mais qualidade. Nos últimos anos, até mesmo o tempo em Setembro tem estado uma maravilha, bem melhor que as incertezas de Agosto.

Mas no fundo, eu também quero férias!

RUI VELOSO A SALVO PORQUE NÃO GANHAMOS O EUROMILHÕES

Manuel Pereira de Sousa, 12.08.12

Existem pessoas neste mundo que podem bem ficar satisfeitas por eu, e mais algumas pessoas com quem joguei o Euromilhões, não termos ganho o prémio tão desejado.

Eis que alguém do grupo está a programar as suas férias para os lados de Porto Covo e, no meio do nada, surge a sugestão de contratar o Rui Veloso para cantar durante toda a viagem, de Braga até Porto Covo. Atenção! cantar sempre a música, Porto Covo, até à exaustão; até não poder mais; nem que o Rui ficasse todo rouquinho ou a cantar em murmúrios, como a Amália nos últimos tempos de carreira.
                                                                                                                                                         
                                                                                          Perdoa-me Amália e não me envies um raio porque eu gosto muito de ti e emociono-me quando oiço os teus fados - até abro os braços e bato com os deditos na palma da mão "Obrigada, Obrigada! Palminhas, Palminhas!" (aquilo que só ela fazia e que todos sabem o que é).

Por isso, o Rui deve estar satisfeito e feliz da vida por não ser alvo de tanta e temível crueldade. Ele ficaria tão saturado da música, mais saturado que ter de a cantar em cada espectáculo ou ter de a repetir interminavelmente quando está a compor e a gravar. A isto se chamaria exploração musical até ao limite - quiçá poderá um dia ser considerado crime.

 

Já que não há dinheiro para contratar o nosso Rui Veloso, há sempre alguém que tenha a música gravada que possa emprestar à minha colega para ouvir no carro durante a viagem - não é a mesma coisa, mas tapa o buraco. Eu não tenho cá o Rui Veloso, mas tenho o Youtube a fazer o milagre musical de reproduzir repetidamente a música de Porto Covo.

(Neste momento, escrevo apressadamente para não ouvir muitas vezes a música - já vai na segunda repetição - apesar de gostar dela e de me lembrar Porto Covo).

 

                                                                                                      (fonte: Youtube)

 

Para que quem não sabe a letra na totalidade aqui vai (encontrada no Google):

 

Roendo uma laranja na falésia 

Olhando o mundo azul à minha frente,
Ouvindo um rouxinol nas redondezas,

No calmo improviso do poente

 

Eu não sei como se roem laranjas!? Será que é como se comem as maçãs? Por norma, descasco com afinco, com os dedos. O azul do mar em Porto Covo é magnifico e o pôr-do-sol deve ser espectacular. Só nunca ouvi foi os rouxinóis pelas redondezas.

Em baixo fogos trémulos nas tendas
Ao largo as águas brilham como prata
E a brisa vai contando velhas lendas
De portos e baías de piratas

 

A brisa a contar histórias (está bonito) deve meter um medo de morte como se fossem coisas de outro mundo. Será que o Rui ouve vozes do além? Dos piratas que rondavam aquela zona e que andam como almas perdidas atrás dos visitantes? Será que sabem de D. Sebastião?

Havia um pessegueiro na ilha
Plantado por um Vizir de Odemira
Que dizem que por amor se matou novo
Aqui, no lugar de Porto Côvo

 

Ai o amor e o pessegueiro. Porque raio havia o rapaz de plantar um pessegueiro numa ilha? Isto pode ter interpretações muito perversas e pode ser a razão do amor ter resultado num sofrimento terrível.

A lua já desceu sobre esta paz
E reina sobre todo este luzeiro
Á volta toda a vida se compraz
Enquanto um sargo assa no brazeiro

Ao longe a cidadela de um navio
Acende-se no mar como um desejo
Por trás de mim o bafo do destino
Devolve-me à lembrança do Alentejo

 

O bafo do destino. Quantos já sentiram um bafo, vindo de algures, e se projectaram para outros destinos. Aqueles agradáveis que provocam sedução e aqueles que provocam a revolta do estômago e agonia do espírito.

Havia um pessegueiro na ilha
Plantado por um Vizir de Odemira
Que dizem que por amor se matou novo
Aqui, no lugar de Porto Côvo

Roendo uma laranja na falésia
Olhando à minha frente o azul escuro
Podia ser um peixe na maré
Nadando sem passado nem futuro

Havia um pessegueiro na ilha
Plantado por um Vizir de Odemira
Que dizem que por amor se matou novo
Aqui, no lugar de Porto Côvo 


Rui, da próxima vez que cantares esta música vais sentir mais liberdade porque o destino é teu amigo e te salvou de tamanho sacrifício - mais negro que as lendas que a brisa te contava dos piratas.

EU DEVERIA TER GANHO O EUROMILHÕES!

Manuel Pereira de Sousa, 10.08.12

A CHAVE: 11 - 17 - 21 - 48 - 50 e as estrelas 9 - 10.

Esta é a chave que deu a felicidade a alguém algures no Reino Unido - um prémio de 190 milhões de Euros. Isto é muito dinheiro para alguém, assim de um momento para o outro. Só com o simples trabalho de preencher um impresso. Um prémio tão desejado por milhões de pessoas que tentaram a sua sorte.

Eu tentei a minha sorte com uns humildes 2 Euros de investimento. É pouco, eu sei, mas o essencial para um prémio como este.

Fica para uma próxima. Para já, vou ter que interromper a minha permanência aqui no blogue; vou ali tratar de uns assuntos porque eu pensava que ia ganhar uma percentagem deste prémio.


Tenho de cancelar a viagem para o Dubai; desmarcar a estadia no hotel de 5 estrelas para 15 dias; anular a compra da herdade no Alentejo - que eu tanto queria; desmarcar a visita à loja dos Iates, para ver o modelo novo que chegou esta semana; adiar a compra do Porche - para substituir o meu velhinho fiat punto; cancelar a compra que fiz on-line da nova Nikon D800; retirar o anuncio porque não posso contratar pessoas para a herdade que não tenho; cancelar as reuniões com o banco para depositar o dinheiro a render bem. Além disso, não poderei doar aos mais carenciados, entre os quais o Senhor Presidente - que tem uma reforma muito pequena.

Como vêem, gasto 2 Euros e fico com a vida virada do avesso. Agora tenho de ligar para a DECO e pedir ajuda psicológica porque está a ser muito difícil lidar com esta situação. Acho que vou reclamar à Santa Casa da Misericórdia esta situação vergonhosa (de não ter ganho o prémio que se destinava à minha pessoa), pois tive o cuidado de jogar e pagar 2 Euros fruto do meu suor e do meu trabalho. Não há direito.

BICLAS: AS NOSSAS ESCRAVAS

Manuel Pereira de Sousa, 30.07.12

Agora presto muito mais atenção às bicicletas - como são feitas, os modelos mais bonitos, os pormenores das suas funcionalidades e das suas peças - porque depois de ter aprendido não quero outra coisa. Tem de existir um momento na semana para desfrutar de um belo passeio, aqui pela cidade. Será uma boa opção para as férias.

As biclas - como muitos lhes chamam - são as nossas escravas e nós escravos delas. Pedalamos fortemente para chegar a algum lado. Abusamos da resistência do material e do nosso corpo, para batermos as próprias limitações físicas e mentais.

No final, fica o cansaço, o suor e a boa sensação de termos conseguido terminar mais uma etapa.