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BLOGUE DO MANEL

A vida tem muito para contar e partilhar com os demais. Esta é a minha rede social para partilhar histórias, momentos e pensamentos, a horas ou fora de horas, com e sem pés nem cabeça. Blogue de Manuel Pereira de Sousa

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A vida tem muito para contar e partilhar com os demais. Esta é a minha rede social para partilhar histórias, momentos e pensamentos, a horas ou fora de horas, com e sem pés nem cabeça. Blogue de Manuel Pereira de Sousa

UNIÃO POLIAFECTIVA - O AMOR SEM LIMITES

Manuel Pereira de Sousa, 30.08.12

As sociedades estão cada vez mais evoluídas e cada vez mais complexas. Primeiro era o Adão e Eva que se casaram e do qual tiveram Caim e Abel – assim se consagrou o conceito tradicional de família.
Com o passar dos séculos, este conceito tradicional defendido pela Lei e com forte peso na religião teve de evoluir para as novas situações que se impunham (ainda que escandalosas). Adão e Eva, já com dois filhos, não se entendiam e separaram-se - quebram o conceito tradicional de família. Adão fica com a guarda de Caim (que era o mais malandro) e mete-se noutra relação, enquanto Eva fica com Abel e vive sozinha – temos novos conceitos: o de família monoparental de Eva e uma outra segunda família, de uma segunda relação no caso de Adão (que já durava há vários anos, ainda durante o casamento).
Adão e Eva são namorados e, depois de muito fornicarem, nasce o Abel. Neste cenário temos duas situações: a relação perdura - há o conceito de família sem casamento, mas que tem traços do modelo tradicional; Adão sai da relação de fininho e Eva fica mãe solteira – família monoparental.
Adão e Eva até tinham uma queda um pelo outro, mas descobriram que tinham gostos alternativos: Adão apaixonou-se por outro homem e Eva por outra mulher – o conceito de família deixou de ser o tradicional relacionamento entre pessoas de sexo oposto e passou a incluir pessoas do mesmo sexo. Neste contexto de família existe já a necessidade de se legislar a adoção, já que não existe reprodução – criam-se novos modelos de família já completamente diferentes de um conceito tradicional.

(Alternando as personagens para não ficarem confusos).

Otelo Saraiva de Carvalho acende a polémica e admiração num país conservador – assume bigamia. Durante a semana tem relação com uma mulher e ao fim-de-semana tem relação com outra mulher (Por lei não é permitido que exista, mas como não é casado com nenhuma não comete qualquer tipo de infração) – estamos perante um outro conceito de família perfeitamente aceitável, certo?

Agora chegam notícias do Brasil em que foi permitido legalmente o casamento a três (duas mulheres e um homem) – um modelo mais simples que o de Otelo (ao menos fica tudo em casa). Estamos perante um novo conceito de família que a lei, pelo menos no Brasil não proíbe por ter uma lacuna. Agora pergunto: Qual a revolta por isto? Se já viviam há 3 anos a partilhar casa, despesas e entre muitas outras coisas (que não vou referir).

A sociedade é complicada, desvirtua os modelos originais sei lá criados por quem; mas quem pode, por força moral, impedir que sejam felizes?

 

União entre três pessoas foi oficializada no Brasil - Público

HELEN GURLEY: “AS BOAS RAPARIGAS VÃO PARA O CÉU, AS MÁS VÃO PARA TODO O LADO”

Manuel Pereira de Sousa, 15.08.12

“As boas raparigas vão para o céu, as más vão para todo o lado”, são palavras de Helen Gurley, a mulher que revolucionou a maneira de pensar por volta de 1965 e que nos deixa, com 90 anos. Ainda hoje, não será assim tão fácil tomar a liberdade de dizer ou escrever tais palavras publicamente, sobretudo em sociedades conservadoras e que se escandalizam por tudo e por nada. Da mesma forma, dizer que as mulheres deveriam ser felizes no sexo antes do casamento ou que as mulheres também sentem prazer quando o praticam é frontal, para derrubar a cultura machista ainda existente no país onde viveu e morreu.

É tão engraçado (que não tem graça nenhuma) a sociedade tão puritana que temos, defensora de valores morais e muito contestatária em relação ao sexo como profissão ou simplemente como amor e que fácilmente se desmoraliza nos seus seus actos - eu sou contra, isto é uma indecência e lá no fundo pensam: eu gostava de ser assim, de fazer o mesmo.