COMO É VIVER SEM REDES SOCIAIS?
Estamos cada vez mais agarrados ao facebook, twitter, instagram e mais uma parafernália de redes sociais. Parece que tudo se tornou num vício e não conseguimos desligar por um momento. Qualquer coisa que aconteça lá vamos a correr atrás do Facebook. Entramos numa mania de ser sociais. Ao mesmo tempo caímos na tendência de sermos anti-sociais. Para quê encontrar com as pessoas se as temos num clique de telefone?
Não nos importamos que as baterias do nosso telefone durem menos porque este está sempre a conectar para ver se há novidades. Depois há aquela tendência para ver todas as notificações recebidas de quem fez gosto e comentou e comentou o comentário e assim sucessivamente. Daqui a pouco necessitamos de secretárias para gerirem a nossa rede social, capaz de fazer uma triagem do que para nós é importante e assim recebermos o que realmente interessa.
As redes sociais são massacrantes. Por muito que o pessoal diga que lá vai poucas vezes, as poucas vezes representam um tempo perdido em excesso, quando certamente esse tempo era mais útil a fazer uma outra coisa qualquer, mesmo na internet.
Os blogues também consomem o seu tempo na escrita de artigos, mas aqui existe uma diferença muito grande: não recorremos a eles a toda a hora e momento. Torna-se num ato mais saudável de partilha porque obriga-nos a ser sociáveis. As redes sociais são a partilha imediata, sem pensar nas razões, são o julgamento fácil e precipitado das pessoas e dos acontecimentos. Quem vem aos blogues procura opinião estruturada, ideias interessantes para tudo, até para o dia-a-dia. Os blogues por si só são mais construtivos (há excepções) e o tempo a ele dedicado não se torna perdido.
Por essa razão, que cada vez mais gosto da blogosfera. Partilho menos que numa rede social. Partilho com mais principio, meio e fim. Penso mais no que pretendo dizer e na mensagem que procuro passar ao meu público. Uma forma de se evitar a pastilha mascada e oferecida ao outro.
Seremos capazes de desligar das redes sociais para sermos mais úteis a nós próprios?