UM POETA EM GRANDE ENTRE OS PEQUENOS
Já escrevi por aqui que não tenho qualquer jeito para poesia. Lá no fundo admiro a capacidade dos poetas, dos escritores - lá no fundo porque eu estou a anos-luz do trabalho destes.
Porém, hoje decidi fazer descer sobre mim o dom de escrever versos, assim como muitos que escrevem poemas mas que não têm qualquer jeito (podem incluir-me nesse grupo).
Aqui vai:
Poesia não tem de ser:
um fado triste,
murmúrio do passado,
lamentos do presente.
Poesia deve ser:
riqueza interior,
pensamento do momento
e gestos da alma.
Viver para a poesia
não tem de ser vida amargurada,
sonho irreal
ou momento doloroso.
A poesia vive:
do poeta com sentimento,
da alegria, amor e paixão,
em profundo desprendimento
entre o sentimento e a razão.
Poesia será sempre:
o pensamento,
o grito,
na força das palavras
ou da forma como são ditas.
Foi lindo (pelo menos para mim que me limito a estas palavras)! Foi sentido! Veio-me lá do fundo arrancado a ferros.