NO MUNDO AS MÁQUINAS SÃO MAIS IMPORTANTES QUE OS CLIENTES.
Estamos cada vez mais dependentes delas – das máquinas. Existe a dificuldade em olhar as pessoas. Tive esta noção no momento em que fui comprar pão, no final de mais um dia de trabalho; a menina que me serviu colocou o pão no saco, entreguei a moeda, perguntei se eram cinquenta cêntimos e ela ficou compenetrada no computador a tentar registar a venda, alheia à minha questão. Depois acordou para o mundo das pessoas e disse: sim. Logo o seu olhar se concentrou novamente na máquina. Se me disse obrigado nem me apercebi. As pessoas passaram a segundo plano - é mais importante registar o produto e faturar corretamente. A cultura de simpatia e dedicação para o cliente é deficitária um pouco por todo lado. Uns por desleixo, outros porque não têm esse cuidado, nem se preocupam em ter. A simpatia e o bem receber fazem parte de bem servir e receber e é o mais importante para que o cliente volte. Custa-me ir aos locais onde me recebem como se estivessem a fazer um favor, quando sou eu que faço o favor. Faturar é importante, receber o cliente é mais porque assim é que se pode faturar numa próxima vez. Ainda há muito para aprender.