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BLOGUE DO MANEL

A vida tem muito para contar e partilhar com os demais. Esta é a minha rede social para partilhar histórias, momentos e pensamentos, a horas ou fora de horas, com e sem pés nem cabeça. Blogue de Manuel Pereira de Sousa

BLOGUE DO MANEL

A vida tem muito para contar e partilhar com os demais. Esta é a minha rede social para partilhar histórias, momentos e pensamentos, a horas ou fora de horas, com e sem pés nem cabeça. Blogue de Manuel Pereira de Sousa

NÃO HÁ MEDALHAS COM CORTES A RÉGUA E ESQUADRO

Manuel Pereira de Sousa, 27.05.13

Rui Tavares Guedes, no seu artigo para a Visão, de 27 de Maio de 2013, refere algo que infelizmente é o reflexo da estratégia que se pretende para o nosso país – nem no desporto existe uma estratégia de mérito e excelência para os que têm conquistado alegrias para Portugal.
Se é necessário existir um corte de 20% nas verbas destinadas ao desporto de alto rendimento, o mesmo não tem de ser na mesma medida em todas as áreas do desporto, mas pode ser aplicada em função das medalhas e vitórias que os desportistas alcançam ao longo das suas carreiras. Premiar o mérito é muito apregoado pelas vozes governativas, porém parece ter um efeito prático irrelevante quando se fala na atribuição de verbas públicas.

Assim, será difícil que os méritos possam continuar a existir e a cultura desportiva para além do futebol possa ganhar força que tanto exigimos quando os nossos atletas estão nas provas internacionais.

A CONSUMAÇÃO DO DIVÓRCIO - MOURINHO VS REAL MADRID

Manuel Pereira de Sousa, 21.05.13

José Mourinho está de saída do Real Madrid - uma rescisão que terá sido por mútuo acordo. O anúncio foi tornado público ao fim da tarde de Segunda pelo Presidente do Real Madrid, Florentino Pérez. Certamente que esta terá sido uma decisão que deixará Mourinho num grande alívio e que termina com uma relação tendencialmente difícil, que transbordou para o exterior - a ponto de chamar a atenção de pessoas que não ligam ao futebol como eu. A sua relação com os jogadores nem sempre foi pacífica e a sua táctica no balneário não terá sido a melhor - dizem os entendidos - porque desde cedo criou uma série de crispações entre os jogadores, com as quais não soube lidar. Se no Inter Mourinho deixou lágrimas entre a equipa, no Real deixou alguma fúria e má disposição. Apesar ser uma atitude pouco recomendável, a imprensa espanhola soube explorar ainda mais e até à exaustão cada caso, aumentando ainda mais a guerrilha interna.

Mourinho nem sempre se mostrou muito aberto com essa imprensa desportiva e quanto mais afiava os seus comentários num espanhol "macarrónico", mais a dita imprensa o tentava crucificar - como em tudo, exageros não devem ter faltado.

O divórcio há muito anunciado terminou de uma forma cordial, cheio de boas palavras e votos de felicidade, como forma de acalmar os sérios momentos; palavras de compreensão da parte do presidente ao considerar que foram momentos de grande pressão e este era um dia triste com o anúncio da rescisão.

José Mourinho está agora no desemprego (?), mas, pelo que se ouve por aí, estará voltado para o Chelsea onde fez uma grande carreira e onde ganhou uma série de títulos, a ponto de elevar a qualidade e importância desse clube. Mas, no Real Madrid deixa também uma marca na sua história, mesmo não tendo ganho tudo quanto existia para ganhar e mesmo que esta não tinha sido uma boa época (talvez a pior de sempre na sua carreira) - Taça do Rei em 2010-11, Liga em 2011-12 e Supertaça no início da temporada 2012-13.

José Mourinho será sempre entendido como alguém que gera uma grande controvérsia no mundo do futebol, por ter uma personalidade muito própria, exigente, inflexível e mesmo imprevisível seja com quem for. Mas, teremos sempre que o reconhecer como um grande profissional disposto a ganhar. Será sempre a grande imagem de um português dentro e fora de portas.

O PORTO É CAMPEÃO? É SIM SENHOR!

Manuel Pereira de Sousa, 20.05.13

O meu forte para crónicas futebolísticas está muito lá em baixo, a anos e anos luz dos comentadores da nossa praça pública e das nossas terras. Porém, não posso ficar indiferente ao acontecimento do dia - a vitória pelo FCPorto do Campeonato Nacional 2012/2013.

Foi um campeonato renhido até ao jogo final e isso fez com que muitas pessoas vivessem até ao apito final num nervosismo entediante, sem que existam vencedores antecipados que fazem perder o interesse pelos jogos.

Sem dúvida que a energia em torno do futebol e das suas comemorações populares é contagiante e ajuda a elevar o espírito cabisbaixo das pessoas nestes tempos de crise. Por momentos, o país vive uma noite e um dia mais alegre antes que tudo volte ao normal.

Aquilo que menos gosto neste frenesim, é o tratamento que adeptos de todos os clubes tecem aos seus adversários, através de cantares e gritos de ordem ofensivos - coisa velha no futebol português e que jamais será erradicado dos momentos de vitória seja ela onde estiver.

O título foi difícil e bem merecido a quem muito trabalha para que esse fosse atingido - mesmo eu que não tenho paixão futebolística. 

REFUNDAR O SPORTING?

Manuel Pereira de Sousa, 05.11.12
                                                                                                         (fonte Google)

 

Numa altura em que se fala tanto em refundação fico a pensar que até o Sporting precisa de passar por esse processo.

Eu não percebo quase nada de futebol, muito menos da gestão de clubes; porém, não me é indiferente na forma afundada em que se encontra o Sporting Clube de Portugal - perdoem-me os sportinguistas por esta opinião, não é pessoal, mas os factos falam por si.
Se não estou em erro, em catorze jogos da Liga venceu dois, já se encontra afastado da Taça de Portugal e está em perigo de ser eliminado das competições europeias. A somar a estes resultados, talvez por consequência, existe instabilidade de uma equipa técnica que já deve ter visto três treinadores neste início de campeonato.

Existe alguma solução possível para este Clube, que a continuar assim corre o risco de sair da Primeira Liga? Há refundação possível para que este clube volte aos tempos de outrora? Alguém apresenta uma solução possível?
 

JÁ TEMOS MEDALHAS NOS PARALIMPICOS. NÃO ESQUEÇAM ISTO.

Manuel Pereira de Sousa, 05.09.12

                                                


(Fonte: http://www.london2012.com/paralympics/country/portugal/medals/index.html)

 Os atletas portugueses dos Jogo Paralímpicos Londres 2012 estão de parabéns. Portugal já arrecadou duas medalhas - uma de bronze e uma de prata). Estes são os novos campeões que merecem toda a nossa estima por todo o trabalho e pelos excelentes resultados alcançados. Pese que pouco temos ouvido falar nas notícias destas vitórias ou a forma como se tem falado passou despercebido, a ponto de não se criar o mesmo estímulo como noutras vitórias e noutros desportos.

Público: http://desporto.publico.pt/noticia.aspx?id=1561697

 

DESCULPA HULK, MAS 60 MILHÕES FAZEM FALTA

Manuel Pereira de Sousa, 04.09.12

O Internacional Brasileiro Hulk segue carreira para o Zenit, por cinco anos. A transferência deste jogador faz-se por 60 milhões de Euros. Esta é a notícia do dia com maior relevo no mundo desportivo, pelo menos do futebol.

Eu pouco ou nada percebo de futebol e deste tipo de contratações e transferências (se calhar mais vali estar calado), mas faz-me uma certa confusão tudo este montante pelo passe de um jogador, mesmo que possa ser o melhor do mundo. Em tempos de crise para alguns, o dinheiro ainda existe para outros e rola com uma velociade tão grande que nem o vemos passar.

Faz-me tudo muita confusão quando conto os trocos da minha carteira (mas sou eu que sou pequenino). Para o Futebol Clube do Porto é uma boa receita, talvez o adeptos estejam triste por isso.

Público: Zenit revela que vai pagar 40 milhões de euros por Hulk

FUTEBOLCLORE I: O ARRANQUE DA 1ª LIGA

Manuel Pereira de Sousa, 19.08.12

Neste fim-de-semana arranca a nova época do campeonato de futebol. Começa também a ocupação de muitos portugueses interessados pelo que se passa na 1ª Liga, dentro e fora de campo.
Bem, fora de campo é o que mais polémica traz e o que mais impacto tem nos media que cobrem o futebol - o jogo que se passa dentro das quatro linhas fica, na realidade, para segundo plano.

 

O Sr. Gordo e o Sr. Magro há muito que estão a tomar a sua cerveja ao balcão do café em silêncio, por falta de assunto futebolístico, já que pouco conversam quanto ao resto.

- Este período é difícil, diz o Sr.. Gordo.

- Então porquê? responde Sr. Magro.

- Porque estou ansioso que comece o campeonato, para ver se temos algum assunto de jeito para conversar. Este intervalo entre o fim e o início de uma época, são um bocado dolorosos, são frios.
- Este fim-de-semana já vamos ter assuntos para discutir toda a semana. Os jornais já vão criar histórias, para que haja tema de conversa. Mas olha que nos últimos dias já temos tema para falar.
- Qual tema qual quê? Ainda não começaram os jogos.

- Então não estás a par do caso Luisão? Aquilo deu que falar. O árbitro ficou estatelado no chão com um empurrão.
- Eh pá! Claro que vi. Nem quero falar disso. Foi uma vergonha para o futebol.

- Vergonha porquê? O árbitro era um fraquinho. Onde já se viu cair sem sentidos sem mais nem menos e depois cancelar o jogo.
- E Achas bem o que o jogador fez? Achas bem agredir um árbitro? Aquilo é agressão. Não é coisa pouca.
- Eh! Não exageres. Aquilo não foi nada. O tipo é que era um lingrinhas.
- Lingrinhas pá! Lingrinhas! Um árbitro é preparado para arbitrar um jogo, não para levar com empurrões. Aquilo não é um jogo de lutas.

- Ele foi é defender a equipa. Agiu como um capitão.
- Capitão. Agiu como um brutamontes. Da mesma forma que é capitão deveria respeitar as regras do jogo e o árbitro que é o juiz da prova, que decide como bem entende. Respeito. Sabes o que é? O Benfica parece que não.
- Não venhas com essas tretas pá.
- É verdade! Vê como eles se riram da situação lá no campo. Como se tivessem feito uma grande coisa. Esperemos que seja castigado.

- Pudera até teve a sua graça. Até me admira a tua moralidade e não toleres o que aconteceu.

- Não é moralidade, é veres e saberes que aquilo foi vergonhoso, ainda para mais fora de Portugal.

 

Assim continuaram. Sr. Gordo e o Sr. Magro a discutir os episódios de folclore. Se repararam não discutiram o que aconteceu durante o jogo, a prestação de cada equipa, apenas o insólito empurrão do Luisão que fez o árbitro cair redondo no chão. Tudo o que aconteceu antes foi esquecido. É assim que se vive o futebol nacional. Chegou o tempo das acusações mutuas entre os dirigentes. 

DOIS PORTUGUESES PARA GANHAR UMA MEDALHA?

Manuel Pereira de Sousa, 09.08.12

"São precisos dois portugueses para ganhar uma medalha. Assim se vê a produtividade do nosso país."  Ferreira in


Vou-me revoltar.

 

Li isto no radar do Sapo, de alguém que colocou no twitter. 

Então, deseja-se ganhar medalhas ou não? Mais vale uma medalha ganha com ajuda de dois portugueses, do que nenhum titulo internacional com 11 jogadores em campo.

Vamos continuar a acreditar no futebol, senhor de todas as alegrias do desporto nacional e incentivador da produtividade dos portugueses.

Neste momento, estou a imaginar os jogadores de futebol com grande revolta, por todas as atenções se voltarem para os homens da canoagem. Pena que, por estes não se faça barulho na rua - preferimos calar e manter o desejado espírito depressivo.


 

O MILAGRE DA MEDALHA OLÍMPICA NA TV

Manuel Pereira de Sousa, 09.08.12

Depois de tantas tentativas, por parte dos atletas portugueses, na conquista de boas classificações nos Jogos Olímpicos de Londres chegam boas notícias: dois canoístas portugueses, Emanuel Silva e Fernando Pimenta, foram segundos na final de K2 1000m. Portugal consegue assim a sua primeira medalha.


Eis que tão saudosa notícia já permite que exista uma primeira página nos jornais de hoje ou que os telejornais já possam fazer a sua abertura com o anúncio da vitória destes jovens portugueses. Eis o milagre da medalha: a canoagem já pode fazer destaque nos media e os Portugueses desde hoje manifestam-se com regozijo e como grandes amantes deste desporto desde sempre – tinham era vergonha de dizer que gostavam.
Viva o milagre da medalha que fez com que o futebol fosse ultrapassado na sua importância – falta saber por quanto tempo este milagre durará.

Até eu, me manifestei fã deste desporto e acredito que grandes atletas da modalidade poderão emergir povoando os nossos rios na conquista de um lugar na canoagem. Temos futuro.

A vitória da medalha de prata trouxe ao de cima a sede e o jejum que se vivia há muito tempo, provocado pelos sucessivos desaires dos nossos atletas.

Vi um repórter da SIC mergulhado no Portugal profundo, rumo ao norte do país, a Braga, para entrevistar a avó e a irmã de um dos premiados. Vi a valorização do trabalho da senhora que estava a colher a couves no seu quintal para ganhar o “Pão nosso de cada dia” – sem a vitória do seu neto seria uma senhora como as demais, que fazem um trabalho duro tão pouco valorizado.

Um país tão pequenino, mas que conseguiu a sua medalha - o que já não é nada mau comparando com  aqueles países que não ganham nada ou aqueles que pouco ganham em relação à quantidade de atletas que enviaram para os Jogos Olímpicos.

Será que o milagre da medalha ajudará estes jovens a terem condições decentes para treinarem no seu dia-a-dia e terem patrocínios suficientes?


Será que o milagre da medalha vai permitir que exista uma cultura desportiva mais diversificada?

Abençoados sejam , Emanuel Silva e Fernando Pimenta, os novos orgulhos de Portugal.

DE ONDE VEM O FASCÍNIO DO FUTEBOL?

Manuel Pereira de Sousa, 22.06.12

Lá estavam, centenas de portugueses nas ruas a cantar "Vivas a Portugal" por mais uma vitória frente à Republica Checa, por 1-0, num jogo sofrido com golo bem perto do final.
 

Portugal sofreu. Os portugueses sofreram. Um jogo impróprios para cardíacos. Homens, mulheres e crianças vibraram com o golo e com a vitória. Ao contrário de muitos que choram pela derrota. O futebol é mesmo assim, cheiro de alegrias, sofrimentos e tristezas. O que tem de especial este desporto? Que fascínio tem o futebol, que cria este encanto nas pessoas?

Dirão muitos como resposta: não se explica, sente-se. Acredito. Deve ser como uma força que é superior a nós e nos empurra para um estádio de emoções. Eu e o futebol temos uma relação de amor-ódio (se assim lhe puder chamar). Não gosto por tudo o que envolve o futebol - não é a questão dos milhões pela compra e venda de jogadores e salários dos futebolistas (essa não me afecta muito); mas pela questão das corrupções impunes que por aí se fala; pelas rixas e lutas entre claques que atingem proporções de guerras campais e alteração da ordem pública e pelo ódio de estimação entre muitos adeptos. Se não forem estas questões medíocres, o futebol é lindo dentro de campo (quando é limpo entre as partes), é um espectáculo vibrante - mesmo não entendendo quase nada de futebol, esta é a imagem positiva que retenho.

O fascínio que o futebol cria é global - atravessa raças, crenças, idades e sexos. Este é o melhor embaixador para a paz global e poderia ser utilizado ainda mais para a igualdade de direitos entre os povos, assim como, o veículo de conquista para a liberdade de muitos outros, da mesma forma que qualquer um pega numa bola - de capão, plástico, borracha, trapos - e começa a jogar pelo belo prazer e fascínio que se cria.

 

As vitórias de Portugal fascinam-me (para quem pouco aprecia futebol). Porquê? Não sei. Talvez seja pelo orgulho português que existe dentro de mim.

 

Depois de todas estas palavras a resposta à questão mantêm-se em aberto: De onde vem o fascínio pelo futebol?