BRAGA DE PORTA ABERTA
Fotografias da abertura em: http://www.facebook.com/media/set/?set=a.269867339749747.60561.269789916424156&type=3
Braga sempre foi conhecida por ter a “porta aberta” desde sempre – todos são bem recebidos na cidade dos Arcebispos. Copiando uma frase que circula pelo Facebook “Antes de nascer Portugal Braga já era capital” - uma cidade de grande importância no Império Romano, Bracara Augusta.
Neste ano de 2012, Braga foi Capital Europeia da Juventude – um grande acontecimento para a cidade e para o país, ainda que tenha sido bem cá para o Norte. Porém, este acontecimento parece que passou bastante despercebido por entre a população, mesmo que os eventos e acontecimentos tenham tido uma participação de público acima do esperado. A importância que os órgãos de comunicação social deram ao acontecimento ficou muito aquém do esperado – Braga foi tratada como cidade de pouca importância para o resto do país. Por vezes, pensei que Braga Capital Europeia da Juventude era um acontecimento de uma cidade de outro país. Arrisco a dizer que a comunicação social esteve mais em Braga por causa dos encontros futebolísticos que propriamente devido aos acontecimentos culturais.
Este tratamento minimizado em torno da cidade é bem o reflexo de que vivemos num país em que Lisboa é a capital e o resto é paisagem. Mesmo Guimarães, aqui bem perto, que foi a Capital Europeia da Cultura teve mais destaque na abertura e depois para o final e o resto do ano também passou despercebida aos olhos de muitos (a abertura e o fecho foi bem acolhida na RTP).
Assim se vê a importância que se dá aos acontecimentos culturais que correm no nosso país. Os orçamentos são cada vez mais reduzidos e os espetáculos são feitos com o mínimo possível porque existe a ideia tacanha dos nossos governantes que a cultura é um produto menor.
Braga viveu, em 2012, uma experiência bem diferente e que poderá ser a porta aberta para outras experiências culturais, que tanto necessita – este é o investimento futuro que lhe falta. Foi a vida que muito lhe faltava. Enquanto isso, terá sempre que conviver com uma certa ignorância dos olhares da capital do reino.