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BLOGUE DO MANEL

A vida tem muito para contar e partilhar com os demais. Esta é a minha rede social para partilhar histórias, momentos e pensamentos, a horas ou fora de horas, com e sem pés nem cabeça. Blogue de Manuel Pereira de Sousa

BLOGUE DO MANEL

A vida tem muito para contar e partilhar com os demais. Esta é a minha rede social para partilhar histórias, momentos e pensamentos, a horas ou fora de horas, com e sem pés nem cabeça. Blogue de Manuel Pereira de Sousa

PORQUE REJEITOU A ADOÇÃO POR CASAIS HOMOSSEXUAIS?

Manuel Pereira de Sousa, 27.01.16

O atual Presidente da Republica não promulgou o diploma sobre a adoção de casais do mesmo sexo. Este volta assim à Assembleia da Republica – que certamente vai respeitar a mesma opção de voto e novamente será enviado para promulgação pelo presidente recém-eleito.

A atitude do Presidente Cavaco Silva é no mínimo desconcertante e digna de contestação pela sociedade porque com este diploma se poderia preencher um vazio legal. Existem casais homossexuais que têm filhos a seu cargo, sem que existam consequências para o desenvolvimento e integração dessas crianças e jovens. A inexistência de estudos que asseguram que se trata de uma opção aceitável para os reais interesses da criança não serve para argumento de uma rejeição do diploma – da mesma forma que não existem estudos que provem o contrário. Só saberemos os benefícios ou prejuízos quando existir uma lei que permita que homossexuais tenham o direito de adotar crianças. Real prejuízo são as crianças institucionalizadas, sem direito a uma família que as acolha com amor que tanto precisam.

O vazio legal continua a existir. Esta é a vontade do senhor presidente. Mais parece uma forma de se vingar e, nas últimas semanas em que mantém o seu lugar em Belém, pretende usar todo o poder que tem para mostrar que ainda manda e que o país não se pode esquecer dele. É por estas razões, que o país está desejoso de “o ver pelas costas”. Poderia sair de cabeça erguida por promulgar um diploma que provoca uma evolução positiva na sociedade e capaz de conduzir à mudança de muitas mentalidades. Prefere sair como o pior Presidente da democracia. É este o seu contributo para a evolução social?

EM MODO REFLEXÃO ELEITORAL - ESTÁ DIFÍCIL!

Manuel Pereira de Sousa, 22.01.16

Estamos quase em período de reflexão para as eleições presidenciais de domingo, 24 de Janeiro. Nem sei como vai ser o meu dia de reflexão, se é que vou ficar em reflexão. Coisa antiquada – no mundo dos nossos dia já ninguém reflete, é tudo imediato. Estamos no tempo em que a reflexão, o pensamento está nas redes sociais, onde tudo é destilado sem filtros. Estava a contar que não sei se vou refletir, se tenho algo para refletir acerca da minha tendência de voto nestas eleições. Posso partilhar convosco que: tenho refletido muito durante estes dias de campanha. Reflito à medida que vou ouvindo umas declarações do candidato A ou B. Medito há medida que acompanho alguns programas de análise política e de alguns, raros, artigos de opinião que vou lendo. O meu período de reflexão é mais que muito, mas nem por isso a minha mente está clara. Estou preocupado em saber como gerir o meu voto e qual o sentido a tomar. Posso ser acusado de ter uma reflexão pobre. Pobre diria que tem sido a campanha e pobres são os candidatos que tenho para escolher. Porém, independentemente da minha decisão, ainda em aberto, irei à mesa de voto. Quero exercer o direito que tenho como adquirido nesta democracia. Quero ser parte ativa na escolha do próximo Presidente da Republica. A campanha tem as sua passagens caricatas – lembro-me do Vitorino, Tino de Rans. Ainda não vi o debate final, com a afirmação de Vitorino a dizer que está a desenhar uns bonequinhos – ainda vou assistir. Graças às funcionalidades da box da TV paga, posso utilizar o dia de reflexão para ver mais alguns programas que me ajudem a aclarar as minhas ideias. Campanha caricata, viram o Marcelo Rebelo de Sousa a escolher comprimidos, servir cafés, falar de boca cheia, concordar com tudo. Maria de Belém pelos lares de idosos, onde pretende levar os Chefes de Estado almoçar e jantar. A esquerda totalmente dividida – como sempre – na escolha do seu candidato.

Muito debate ficou por fazer. Somos conduzidos pelas festarolas e cumprimentos das campanhas. O que conta é ser popular. Custa-me que nos debates e nos encontros com o povo os candidatos se propõem a fazer tudo o que lhe é pedido – é preciso lembrar que estes não serão Chefes de Governo, mas Chefes de Estado. Um Presidente não pode fazer o que lhe apetece, não aumenta salários ou reformas, não promete médicos para as urgências ou outras coisas que compete a António Costa decidir. Um Presidente analisa, assina, aprova o que lhe chega da Assembleia da Republica, de acordo com a Constituição e não de acordo com as opiniões pessoais. Vou continuar o meu momento de reflexão. Domingo espero saber onde colocar a minha cruz.

QUANDO OS PAIS PASSAREM A ASSISTIR ÀS CESARIANAS COMO VAI SER?

Manuel Pereira de Sousa, 07.01.16

Há determinadas notícias que ouvidas logo pela manhã podem não fazer muito bem ao pensamento e podem até condicionar a opinião sobre algo. Estava eu muito tranquilamente no meu banho, quando na rádio ouço que existe uma petição a ser votada na Assembleia da Republica, que reuniu quatro mil assinaturas, no sentido de permitir aos pais assistirem aos partos por cesariana.
Bem, é positivo assim à primeira vista. Não, à primeira vista não parece ser muito positivo. Veio logo ao pensamento a imagem de uma cesariana e o que um pai vai assistir. Se calhar foi uma imagem exagerada na minha cabeça e não tem nada de mais e o pai não vai ver tudo, mesmo tudo – as entranhas, o sangue e outras coisas mais. Estou a imaginar a necessidade de ter médicos e enfermeiros a assistir o pai num desmaio, um psicólogo para tratar danos psicológicos causados pelo parto. Enfim. Existe também o perigo dos pais se porem a dar palpites dos cortes e de como o médico deve atuar – sem perceber nada de nada do assunto.
Pode ser exagero da minha parte ao ter esta visão logo pela manhã – desculpem, mas não resisti em partilhar.

O NAMORO DA GERINGONÇA CHAMADA GOVERNO

Manuel Pereira de Sousa, 06.01.16

Há uma geringonça chamada governo. Melhor, há um governo que lhe chamam geringonça. Qualquer coisa deve servir neste trocadilho de palavras, que vai tudo dar ao mesmo. Acho que ainda não tive a oportunidade de escrever sobre o Governo. Talvez porque até ao momento ainda não surgiu nada que me levasse a comentar. Talvez porque aguardo com expectativa o desenrolar desta paixão de esquerda que inunda o PS. Paixão que, como muitas paixões na vida, é fruto de pouca dura e corre muito bem naqueles momentos em que há química no ar e borboletas na barriga quando se dá o primeiro beijo. Embalado neste romantismo político, nem sei ao certo se neste “menage à trois” existiu o primeiro beijo ou se se tratou de uma paixão mais à moda antiga – por carta ou à janela. Espero que este namoro seja duradoiro para o bem de todos os portugueses porque não queria eu, nem muita gente, que o casal (de três) se separasse, a fim de evitarmos aquelas birras de namorados, tão sem graça e para as quais ninguém tem a mínima pachorra. Se me perguntam se aprovo o namoro. Entre ter um governo de direita que nada pode fazer, que mesmo “ganhando eleições” – na realidade votamos para a Assembleia - não foi capaz de criar mais consensos na Assembleia da Republica, para uma maioria estável e um governo de esquerda que chegou a consenso, em algumas matérias, e que se propõe a ter uma política diferente; eu até aceito o António Costa. Se acredito num namoro de legislatura? Pois… isso é mais complicado. Os namoros têm surpresas. São bonitos enquanto saem para passear de mão dada. São tramados quando têm que viver juntos e governar a mesma casa. Fico a aguardar novas núpcias.

SOMOS UM PRODUTO DE TUBE DE ENSAIO?

Manuel Pereira de Sousa, 03.01.16
Descobri que afinal sou órfão…. Eu e todos os humanos. Porquê? Porque segundo alguns especialistas em extraterrestres acreditam que estes foram os criadores da raça humana, tal como somos hoje. Caso assim não tivesse acontecido, estaríamos numa fase de desenvolvimento muito atrasada – seriamos do tipo Homem Neandertal ou algo assim. Somos Homo Sapiens Sapiens graças a seres que desconhecemos existirem.

A minha descoberta não se deve ao contacto com extraterrestres – nunca estive com nenhum, nem em sonhos -, mas ao que assisti num documentário do canal Discovery. Bem, este canal está recheado de investigações e de teorias que procuram explicar a existência destes seres e da sua ligação à Terra – parece ser de longa data. Desde canais de energia do planeta, a construção das pirâmides do Egipto, comunicações através de hipnose ou a canais interplanetários – há teorias para todos os gostos. Eu que até acredito na possibilidade de existência de vida para além da Terra, fico descrente ao ouvir estas teorias. É tudo tão estranho e com pouco fundamento.

Mas acreditem que se estamos órfãos vamos ter de rever muita coisa nas nossas vidas e nas nossas teorias. Afinal Deus não nos criou e as Teorias de Darwin estão desatualizadas porque, na realidade, o primeiro homem e mulher foram feitos num qualquer tudo de ensaio.

Piorou. Agora a história passa sobre o mito do bicho Cupa-cabra.

TANTOS CANDIDATOS E TANTOS DEBATES - VOU FICAR CONFUSO!

Manuel Pereira de Sousa, 02.01.16

O Sr. Presidente discursou – foi o seu último discurso do mandato. Enquanto isso, os candidatos à sucessão de Cavaco já debatiam. O início do ano começa a fervilhar na política. Estamos perto das presidências. Este ano temos eleições. Nestas presidenciais temos qualquer coisa como dez candidatos – são muitos candidatos.

São candidatos a mais? Talvez. Num país pequeno como o nosso não me parece que se justifiquem. Falta perceber se quantidade se revela em qualidade. Pois… ultimamente a qualidade não tem sido a melhor. De qualquer das formas é a democracia a funcionar – qualquer um pode ter o seu direito a sonhar com o lugar. Tirando o Sampaio da Nóvoa, Paulo Morais, Marcelo Rebelo de Sousa, Maria de Belém, Henrique Neto – que ainda aparecem na televisão com alguma frequência -, os restantes pouco conheço ou pouco ouvi falar deles – perdoem-me a ignorância em relação aos provenientes das forças partidárias e mesmo ao Tino de Rans, por julgar que estiveram todo este tempo ofuscados. Mas, penso que não sou apenas eu a ter esta ideia – maioria dos portugueses pouco conhece ou ouviu falar de alguns candidatos.

Este mês vamos ser prendados com uma série de debates com os candidatos, que vamos ficar cheios de ouvir falar neles. São debates a mais? Sem dívida que sim. Vai ser difícil acompanhar todos porque são quase que em simultâneo e para o espectador é muito debate junto, para assimilar a mensagem que cada um pretende passar. A maior parte dos debates não serão frente-a-frente porque os candidatos concordam muito uns com os outros e acabam por confundir mais os eleitores que a esclarecer. Se muitos deles pensam o mesmo porque concorrem tantos? A finalidade de existirem diversos candidatos é porque têm linhas de pensamento diferentes uns dos outros e não igual. A terem a mesma linha de ideias como decidimos na altura de votar?

Vou tentar acompanhar um pouco a procissão que vai no adro, para tentar fazer a melhor escolha possível.

E ASSIM TERMINA CAVACO SILVA O SEU MANDATO

Manuel Pereira de Sousa, 02.01.16

O Senhor Presidente da Republica falou ao país no seu discurso de Ano Novo. Ao que parece pouco disse de novo aos portugueses – como se algo de novo tivesse para dizer. Terá sido o seu último discurso do mandato como Presidente e acredito que um dos últimos enquanto político. Os portugueses não devem ter dado grande importância às suas palavras porque dele pouco mais devem esperar, como nada esperaram durante estes dez anos. Chegou a Belém em alta, mas sai em silêncio e com pouco prestígio.
Creio que a importância política deste discurso foi mínima e mensagem vazia, para que os comentadores políticos pudessem dizer algo de relevante.

Enfim… Assim vai a Republica.

E 2016 JÁ SE FARTARAM DELE?

Manuel Pereira de Sousa, 01.01.16

Ainda o ano agora começou e começo a ficar um pouco farto dele. Já me enchi de ouvir falar de 2016. Bastou estar no facebook uns momentos para ver como tudo deseja Bom Ano, Boas entradas, Feliz 2016. Todos a desejarem paz, amor, realizações, felicidade e uma mão cheia de coisas boas. Quem não deseja uma série de coisas boas?
Tantos posts eu vi do ano novo que poucas mensagens e telefonemas fiz este ano ou no ano passado, bastou colocar um like nos posts de toda a gente. Assim o autor pode ver que li e que retribuo as felicitações. Aqui e ali também escrevi uns comentários aos mais próximos.

Desejamos tanto que chegue o ano novo para nos livrarmos do velho que chegou igualmente cheio de festividades. Daqui a 12 meses vamos estar a expulsar 2016 – que agora é bem-vindo – para receber 2017 e assim por diante. Um ano parece ser muito tempo e as pessoas facilmente se queixam do ano, como se todos os anos fossem maus – acredito que em todos existam momentos positivos e menos positivos. Porque ignoram as pessoas os acontecimentos maravilhosos que receberam em 2015? E usem o pior para se dele livrar…

Ano novo poderia ser vida nova. Pelos vistos, no dia seguinte tudo continua normal com mais uma ressaca em cima dos festejos da passagem. Para ser vida nova teríamos a cada ano que passa, mudar radicalmente de hábitos, de casa, emprego, amigos, namorados, roupa ou uma tanta outra quantidade de coisas que marquem realmente uma nova vida. Mas, na realidade, continua tudo na mesma. São poucos os que mudam realmente para uma vida nova.
Até podem ter o hábito de fazer resoluções para 2016. Para quê? Duram quanto tempo? Uma semana ou duas ou um mês? Por isso, nada de resoluções. Vou fazer com que cada dia seja o dia próprio em que procuro realizar cada projeto e cada desejo, dependendo das ocasiões e das oportunidades que se criam. Para quê criam resoluções se depois ficamos frustrados se não as atingimos? É por estas e por outras que depois as pessoas se cansam do ano e desejam ansiosamente que segue a passagem de ano – como se fosse um ritual de exorcismo.

Prefiro que se comemore cada dia o facto de estar vivo.