EU ATÉ GOSTAVA DE SER PRESIDENTE!
Ainda vou a tempo de me candidatar? A ser Presidente, claro. Apesar das legislativas serem mais cedo que as presidenciais, pouco se parece lembrar delas. Pelo menos por agora a vida política está voltada para os que se assumem candidatos à Presidência da Republica. Não sei o que os motivará – talvez o silêncio do atual Presidente. O que mais surpreende nestas eleições é o número de candidatos que existem sem qualquer ligação à tradição. Aparecem desligados dos partidos. Sabem o mal que os partidos lhes fazem. Será que ignoram o mal esses partidos lhes podem provocar? Sampaio da Nóvoa já perdeu, quando o PS anda “às turras” entre o apoio ou o afastamento da sua candidatura na esperança que um outro ilustre socialista se apresente a candidato. O PS sem norte contaminou um bom candidato.
Em Portugal somos tradicionais nas escolhas políticas. Ainda se repara na cor independentemente da careta que lá esteja. Estas novidades fora dos partidos são um desafio crescente por entre os que estão desiludidos com a tradição e se afastam do boletim de voto como se de uma alergia se tratasse. Mas estas novidades não significam uma corrida às urnas, talvez uma divisão muito grande entre os votos. Está tudo em aberto, mas há uma disputa instalada. Não sabemos ao que vem. Sabemos que estão cá. Existem. Só isso já é positivo. O pais ainda tem quem o queira aturar. A figura do Presidente da Republica é o que se sabe. Perdeu a relevância que merecia nos últimos anos. Vazio? Talvez. Por isso se desejava que os candidatos atuais – os independentes – tivessem mais ideias claras para o que desejam do cargo. Se for para estar no silêncio incómodo, passear e comer até eu posso ser um bom Presidente. Arrisco a minha candidatura. Depois de tantos anúncios espero ir a tempo.