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BLOGUE DO MANEL

A vida tem muito para contar e partilhar com os demais. Esta é a minha rede social para partilhar histórias, momentos e pensamentos, a horas ou fora de horas, com e sem pés nem cabeça. Blogue de Manuel Pereira de Sousa

BLOGUE DO MANEL

A vida tem muito para contar e partilhar com os demais. Esta é a minha rede social para partilhar histórias, momentos e pensamentos, a horas ou fora de horas, com e sem pés nem cabeça. Blogue de Manuel Pereira de Sousa

O MEU GOSTO PELO CAFÉ

Manuel Pereira de Sousa, 28.02.15

Já partilhei por este blogue ou algures na blogosfera o quanto é bom tomar café e saborear ao máximo cada chávena com que me apresentam quando sento numa mesa de café - também o ambiente do espaço contribui para o gosto e a forma como é serviço é determinante. Um bom café é sempre pretexto para início de uma boa conversa, o começo de uma noite diferente com quem gostamos de estar próximos ou simplesmente uma noite igual a tantas outras, pode ser a pausa que desejamos no dia-a-dia ou simplesmente uma razão para um bom começo de dia. Estudos confirmam que 80 % da população portuguesa é consumidora de café - está enraizado. Temos variedade de marcas e tipos de café disponíveis no mercado, até mesmo para consumo doméstico - desde a tradicional moagem para as cafeteiras de filtro, pastilhas, moído para máquinas Expresso e agora em formato de cápsulas.

As cápsulas ainda não me convenceram. Ainda acho que o sabor não é o mesmo. É prático, eu sei. Gosto daquele pormenor de moer, tirar com o doseador para o manipulo, aperta-lo e colocar o manipulo na máquina. A forma com que se faço este ritual faz com que o café, ainda que do mesmo lote, possa ter sabor e intensidade diferente - fator quantidade de pó, intensidade com que se aperta, temperatura da máquina, qualidade da água, chávena mais cheia ou não. Prefiro comprar café em grão para moer lá em casa de acordo com a minha máquina. Também sou dos que aproveitam as promoções do supermercado para comprar as marcas que mais gosto, mesmo que já seja moído. Sinto um prazer quando vou à despensa de casa e olho para a prateleira repleta de café e fico a pensar qual o próximo - um Delta Angola, Colômbia, um Segafredo, um Buondi ou mesmo um Nicola. Todos têm o seu sabor único que sabe bem desfrutar. Vantagens do café em grão é o preço final de cada café, que compensam a longo prazo para quem investe numa boa máquina Expresso; vantagem de se experimentar várias marcas, sem as limitações dos formatos das cápsulas. Atenção: recomendo que se habituem a tomar sem açúcar ou adoçante para sentir o real sabor. Custa no início, mas depois não o querem de outra forma.

O café é daqueles prazeres que sinto falta quando saio do país - ainda que raras vezes. Tomara os vizinhos Espanhóis terem a mesma qualidade no café como nós. É bom o café. Dá sempre tema para uma boa conversa.  

 

A NOITE DE BRAGA PODE SEMPRE SER UMA SURPRESA

Manuel Pereira de Sousa, 28.02.15

Quando penso que a noite da cidade de Braga não surpreende engano-me redondamente - há sempre qualquer coisa que não estava à espera. Divertir um bocado, beber um copo e até ouvir uma música agradável era algo que três pessoas estavam a pensar numa noite que se tornou morrinhenta por causa da chuva. Depois de um café no Estúdio 22, fomos experimentar o Soho Club. O bar é engraçado, decoração simples, com mesas altas - como gosto - e em formato de bidões pintados de preto e bancos confortáveis. Nas paredes referências a Londres, a Nova Iorque e uma original entrada para a casa de banho - a porta tem estampada uma daquelas cabines de telefone vermelhas, bem à moda antiga. A casa de banho não experimentei, mas uma das minhas amigas foi e gostou do creme para lavar as mãos por ser macio e cheiroso. O atendimento é simpático. Eu pedi um Porto e as minhas amigas um Gin Bulldog (se não estou em erro), que provei e tinha um travo muito agradável a maçã com canela - para quem não aprecia muito Gin até gostei. Pedi um Porto tinto, que preferia que viesse um copo mais adequado à bebida e numa quantidade um pouco mais generosa - um pouco mais apenas. O ambiente estava calmo e agradável, mas após a meia-noite a música sobe de tom, o que torna a conversa mais difícil. Muita luz de várias cores. Nota-se muito mais gente com um ar muito produzido e formal - sobretudo o lado feminino -; elas olham para elas e comparam-se muito na forma como vestem. Creio que um excesso de produção para o tipo de local, ainda que seja um ponto de passagem para outras paragens da noite. A certa altura da noite nota-se que as pessoas pouco se divertem, quem está de pé não vive a música, praticamente que não dança e torna-se num espaço em que uns estão a olhar para os outros, pois não há diálogo possível. A música deixa muito a desejar - brasileirada sem jeito ou espanholadas que não têm qualquer qualidade - exemplo de letra: é jajão, pior que bola de canhão (ou algo parecido) -, são definitivamente para rir. Não esperava ouvir música como esta num bar que tem a sua graça e com pessoas simpáticas no atendimento. A música foi o que mais ficou desta noite, que deu para rir um bocado. Por isso digo, que a noite em Braga pode sempre surpreender.