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BLOGUE DO MANEL

A vida tem muito para contar e partilhar com os demais. Esta é a minha rede social para partilhar histórias, momentos e pensamentos, a horas ou fora de horas, com e sem pés nem cabeça. Blogue de Manuel Pereira de Sousa

BLOGUE DO MANEL

A vida tem muito para contar e partilhar com os demais. Esta é a minha rede social para partilhar histórias, momentos e pensamentos, a horas ou fora de horas, com e sem pés nem cabeça. Blogue de Manuel Pereira de Sousa

GothiChiC - A COSTURA DE SUSANA

Manuel Pereira de Sousa, 27.11.12

Estamos em crise. O Natal está à porta. Há sempre aquele presente que desejamos oferecer e que não pode passar. Tudo é possível. Aproveito deixar uma sugestão aos leitores – leitoras que gostam de ter adereços que as deixem mais bonitas e leitores que desejam oferecer algo.

Trata-se da recém-criada página do facebook
GothiChiC com criações únicas de acessórios - para quem gosta de estar na moda e ser diferente.

Susana Ernesto, a criadora, lançou-se no desafio da costura e que quer pôr mãos e imaginação em muitas criações, desde as mais simples às mais arrojadas. Para tudo há solução e Susana encontra soluções para todos os gostos – desde os mais alternativos aos mais tradicionais.
A perfeição e a qualidade são outros dos lemas de Susana – para quem a conhece (como eu) sabe que os seus trabalhos são de uma perfeição, em que cada pormenor, cada ponto são importantes e são a marca da diferença.














 

Estes são alguns exemplos de produtos já disponíveis. Há imaginação para muitos outros produtos e a autora está aberta a sugestões que possam ir de encontro aos seus gostos.
 

Para encomendas, sugestões podem fazer através da página (por mensagem): GothiChiC ou via e-mail gothichic.accessories@hotmail.com  



AS CONVERSAS NO CAFÉ DA TERRA PEQUENA

Manuel Pereira de Sousa, 26.11.12

- Olha, quem é aquele que vai ali?
- Pelo carro é o Zé, filho da Maria.
- É mesmo. Vai com a mulher.
- Vão deixar o lixo na reciclagem. É sempre assim, os dois vêm colocar o lixo na reciclagem muitas vezes.
- Quem é aquele que vem acolá, a pé?
- É o Francisquinho.
- Ah! Coitado. Já vai todo tombado.
- A esta hora já deve estar com um copo a mais.

Assim continuam as conversas de Domingo à tarde, lá pelo café do sítio - típico de terras pequenas, onde há que arranjar alguma coisa com que se possa ocupar o tempo, matar o silêncio, já que o tempo de chuva e frio é pouco convidativo para passeios na rua.

Por vezes, o rapaz que veio da cidade, e que vai ao café do sítio para ver os presentes e contar novidades da terra desenvolvida, fica estranho com o teor da conversa a que já não está habituado. Mas, a estranheza passa depressa ou não se lembrasse que sempre assim foi, mesmo nos tempos em que o rapaz por cá vivia.

O jovem rapaz, nos tempos em que vivia cá no sítio pequeno, não gostava nada destas conversas – que iam muito para além de comentar e perguntar quem é aquele, mas estendiam-se para pormenores da vida pessoal e privada de cada um, baseada no “diz que disse” e em julgamentos sem fundamento algum – e criticava, assim como, desejava ver-se fora daquele meio para um outro mais evoluído e desejado. Porém, hoje mantém esse desejo, mas sorri ao lembrar que tudo continua como antes, por mais voltas que o mundo dê.

Na terra pequena, a televisão apenas alimentou mais as conversas de mal dizer e de circunstância com a abundância das telenovelas, dos reality shows e talk shows sobre a vida alheia e cor-de-rosa. O mundo da televisão por cabo chegou, mas os programas tradicionais mantém-se no top das preferências.

Na terra pequena, novidades como as redes sociais espalharam-se da mesma forma que nas cidades, com os mais novos a mostrarem o seu destaque e modernidade. Também estas alimentaram as conversas tradicionais de café sobre a vida de cada um e as fotografias, comentários e afins que andam a circular por esse grupo pequeno. Para os restantes, trata-se da “pouca vergonha” que anda por aí a estragar namoros e que faz essa gente enrolar-se a torto e a direito com qualquer um.

Na terra pequena, tudo continua como antes – aos olhos do jovem da cidade – por mais informação ou evolução que haja. O respeito por esta forma de estar em sociedade faz com que, muitas vezes, entre no café calado e saia mudo, mas pensativo sobre tudo isto.

O QUE FAZER À VACA E AO BURRO DO PRESÉPIO?

Manuel Pereira de Sousa, 24.11.12

Jumentos e bovinos estão em greve e prometem uma manifestação frente à Basílica de S. Pedro, no Vaticano, como forma de protesto em relação à recente teoria de Bento XVI – no presépio não existia nem burro nem vaca.
As figuras míticas que, ao longo de gerações e de séculos, acompanharam a Sagrada Família são desprezadas nos tempos actuais como se fossem figuras menos importantes e até inexistentes. Como é possível que a o sentimento maternal das mesmas, com a função de aquecer o estábulo onde nasceu o Menino Jesus, foi posta em causa pelo Papa?

Os fabricantes e comerciantes de presépios irão interpor uma providência cautelar contra o Papa, de forma a devolver a dignidade e importância aos animais – já que esta situação poderá provocar uma baixa das vendas e um excedente de burros e de vacas nos stocks de presépios já existentes, para venda no Natal.

Quando tanto se critica o conservadorismo da Igreja nas suas doutrinas, somos confrontados com esta mudança radical de imagem instituída do presépio – que faz parte do imaginário de muitos. Estamos perante o perigo da relatividade (?), a mesma que a Igreja Católica considera como sendo uma das causas para a decadência da sociedade?

Como vamos esclarecer as crianças que agora no presépio dispensamos o burrinho e a vaquinha? Como vou eu entender agora, que já sou crescido, que a imagem que sempre concebi do presépio alterou? O que vou fazer agora com as imagens do burro e da vaca?

Podem ver que Bento XVI criou uma série de questões existenciais em minha pessoa. Já não basta o tempo em que fui descobrindo que o Pai Natal é uma criação comercial.

O que acontecerão às piadas sobre o burro e a vaca, que partilhamos nas redes sociais, por e-mail ou SMS?

Lá no fundo acredito que, por carinho, as pessoas continuarão a ser fiéis ao burro e à vaca. Os presépios continuarão a ser como antes: musgo, ovelhas, moinho e uma série de personagens que se foram inventando para aumentar o número de figurantes e assim ter um presépio grande (alguns até com luz e carris para passar o comboio).

Gostava de perguntar a Bento XVI o que vai fazer à vaca e ao burro do Presépio da Praça de S. Pedro.

Para mim nada me demove: o presépio vai ser como antes.

AS VACAS SÃO SIMPÁTICAS!!!

Manuel Pereira de Sousa, 19.11.12


Os bovinos são animais engraçados – pelo menos é o que eu acho. Desde sempre simpatizei com eles, seja no campo a pastar, seja como um bom bife no prato ou uma vitela assada no forno – tão comuns na cozinha portuguesa.

Muito bem, chega.

Estes são uns animais simpáticos e, para quem gosta de fotografia, são muito fotogénicos. Têm aquela calma e pachorra, para ficarem durante longos minutos a olhar para a câmara fotográfica - alguns bovinos até fazem a pose e ficam de perfil ou de um ângulo que lhes é mais favorável.
Um destes fins-de-semana tive essa perceção, tirei dezenas de fotos de bois e vacas para o meu álbum de animais fotogénicos (que ainda não existe).
Até sou um tipo simpático para as vacas e bois. Eles olham para mim e eu cumprimento-os e teço alguns elogios, de forma que fiquem mais à-vontade e mais vaidosos para posarem no seu melhor. Porém, ficam parados a olhar seriamente durante tanto tempo – antes de seguirem a sua marcha – que me interrogo acerca do que lhes vai na cabeça enquanto olham para mim. Se calhar estão numa de gozo e tanga, para depois comentarem com as amigas durante o resto do caminho – eu não me importo, quero é fotografa-las.

A maior parte deste gado anda sozinho pelo monte; só no recolher é que se vê o pastor. Um deles teceu-me um comentário depreciativo que eu não entendi muito bem, só porque estava a tentar fotografar a sua vaca a comer na maior das calmas. Deve pensar: olha mais um cromo da cidade que vem fotografar as vacas e depois acham-lhes piada no prato. Pois que, se pensa assim engana-se: moro na cidade, mas fui criado no campo - não que tivesse de cuidar de bovinos – em que família próxima tinha gado e eu fui habituado a conviver com as vacas. Por essa razão, não tenho medo destes animais - apenas de alguns, que pela pose e forma de andar, são destemidos e bravos “com’ó raio”. Nos meus tempos de miúdo já espantei bois e vacas por mais que uma vez – ia agora ter medo.

Agora só me falta umas imagens das famosas “pegas de bois”, em que eles se batem entre si por domínio.

Por muito que alguns os queiram à distância, os bovinos são simpáticos.

UM PEDAÇO DE NOITE BEM PASSADO COM INÊS PEDROSA

Manuel Pereira de Sousa, 17.11.12

 

Não tem qualquer valor ler livros que não acrescentam nada à nossa vida ou à nossa forma de pensar – para quê queimar as pestanas?

Esta foi uma das conclusões que me vincou – e me fez pensar até este momento em que escrevo - na conversa que Inês Pedrosa teve com os seus leitores, esta noite em Braga. Foi um momento bem passado, um momento diferente de encontro direto com a escritora que, há muito, fui lendo pelas páginas da Revista do Expresso. Escrita interessante, simples e “pegajosa” (no bom sentido do termo) porque sempre me senti apegado às crónicas, pois tem a capacidade de nos mergulhar desde a primeira frase até à conclusão - só os grandes colunistas são capazes de fazer isto, sem que o leitor se aborreça com o assunto.

Não querendo resumir, mas a conversa foi muito para além do seu novo Romance - Dentro de Ti ver o Mar -; houve uma oportunidade para uma abordagem por várias das suas obras; a forma como se trabalha o gosto pela leitura e se incute nos mais novos; como no ensino poderia ser feita a escolha dos autores; a sua personalidade refletida na sua escrita e nos seus livros; a escrita feminina (que para si não existe); a Fotobiografia de Cardoso Pires; uma abordagem também à sua amiga Agustina; a crítica e passagens dos preconceitos de escritores e jornalistas em falsos julgamentos; até mesmo uma abordagem sobre obras de outros autores como termo de comparação do romance em várias épocas e em vários “estilos amorosos”.

Um pedaço de noite bem passado, com assuntos de interesse e que só assim podemos partilhar com alguém, que está longe e nos entra em casa, de forma muito íntima, através de uma crónica ou através de um livro e nos marca - sem que para isso se queimem pestanas.

«Nas tuas mãos» será a obra que estará na mesa-de-cabeceira, durante algum tempo. Pelo pouco já li, existe muita História que enriquece todo o livro – espero que seja capaz de me enriquecer.

AS FREIRAS JÁ NÃO SÃO COMO ANTES...

Manuel Pereira de Sousa, 14.11.12

Há momentos e comentários que por vezes nem sei que responder, se é que se pode/deve responder ou então deixar passar com um ligeiro sorriso.

Final do dia, à entrada do prédio, a vizinha (já de alguma idade) a abrir a porta da entrada e segue-se a conversa de ocasião até à porta do elevador:

- Olá! Boa noite!
- Boa noite. Eu estava a entrar e vi uma irmã freira ali na rua e nem a conhecia.
- Ah! Pois…
- Agora já usam as saias (e faz o gesto com as mão no joelho – para dizer saias curtas). Já não é como antes que estavam todas tapadas.
- São outros tempos.
- É como os padres, agora é tudo diferente. São outros tempos (entra no elevador e seguiu a sua vida).

Um diálogo, que mais pareceu um monólogo, muito estranho. Porém, fiquei a pensar na confusão que ia na cabeça da minha vizinha. Será que levou aquilo para a brincadeira (?) ou iria com aquele sentimento de desconsolo e desilusão em relação às transformações das freiras, que agora usam saias mais curtas – em vez de andarem tapadas até aos pés.
Talvez tenha ficado a pensar que estas modas estão a estragar a sociedade e que as freiras já não são como antigamente. Será?
Ou eu é que tenho uma visão muito simplista da vida!

As conversas de circunstância são no mínimo improváveis…

A MONTANHA PARIU MERKEL

Manuel Pereira de Sousa, 12.11.12

Se na sabedoria popular se diz que “a montanha pariu um rato”, hoje digo “a montanha pariu Merkel”.

Porquê?

Lisboa transformou-se numa capital condicionada aos seus habitantes devido às medidas de segurança – de alta segurança – por causa de uma visita, de seis horas, ao nosso país e uma breve passagem por alguns (poucos) pontos da cidade de Lisboa. Tanta segurança para receber um chefe de Estado que não é bem-vindo! Os portugueses não são um povo propriamente perigoso que obrigue a presença das mais especializadas forças policiais – não somos terroristas.
A par dos vários protestos que estarão organizados em vários locais, os portugueses vão seguir a sua vida quotidiana normal (sim, os portugueses trabalham) ou gostariam de trabalhar se os seus movimentos não fossem condicionados amanhã.

Eu acho que a passagem por Lisboa é um erro da Senhora Merkel. Então! Lembram-se de quando numa aula tentou localizar Berlim no mapa e apontou para a Rússia? Pois, parece-me que este é mais um erro geográfico da senhora, que queria ir a um sítio qualquer e apontou para Lisboa.

O que virá cá fazer? Pouco ou nada se sabe. Tirar o país da recessão não será. Se calhar vem fazer um apelo para que os portugueses, no Natal, não se esqueçam de comprar produtos alemães para oferecer – submarinos, automóveis, redes elétricas para abastecimento de carros elétricos, investimentos em obras públicas. O que seria a Alemanha sem Portugal? Seriam menos 3 mil milhões de Euros em lucros para a Alemanha, nas trocas comerciais.
 

Nos tempos terríveis em que vivemos, não temos muita vontade de ter a senhora Merkel por cá.

VIVEMOS DE UMA MANEIRA COMPLETAMENTE IDIOTA. VERDADE SRA. ISABEL JONET?

Manuel Pereira de Sousa, 10.11.12

Ao final da noite, enquanto me refastelava no sofá a descansar um pouco, fiquei surpreso com a quantidade de blogues e comentários no facebook sobre Isabel Jonet - perdoem-me a ignorância, mas, apesar do nome me soar a alguma coisa, não fazia ideia que era da senhora que governa o Banco Alimentar Contra a Fome. Fiquei admirado com o forte debate que se estava a gerar contra e a favor da senhora – dizem que umas certas afirmações suas na SIC Notícias não foram bem acolhidas. Dei-me ao trabalho de ler muitos comentários, mas para saber exatamente o que se passou, e não andar também a atirar filetes, decidi ouvir as declarações da senhora Jonet.

Pois que, não percebo porquê tanta indignação com o que a senhora disse e com o facto de ter generalizado o que acontece em sua casa (possivelmente) com o que acontece na minha e na casa de quem lê este artigo.
Acha a senhora que “vivíamos acima das nossas possibilidades”- uma grande verdade. Andamos por aí todos a gastar o que não temos – ganhamos 1 Euro e depois vamos gastar 2 Euros. Por exemplo, hoje não sabia como gastar o dinheiro que ganhei pelo meu dia de trabalho e como não me apetecia cozinhar fiz a desforra total, fui comprar meio frango de churrasco e três pães. Depois de ouvir isto martirizei-me por ter comprado meio frango e três pães, quando podia ter estrelados dois ovos e comprado um pãozinho, mesmo que estivesse com a verdadeira fome que tinha.

Por este raciocínio, Isabel Jonet disse que: “vivemos de uma maneira completamente idiota” quando fala de consumo – tem razão. Porquê ter comprado frango, idiotice a minha. Porquê ter comprado no mês passado umas botas para o Inverno, quando ainda tenho os sapatos de Verão para usar ou os ténis de pano; para quê ter pago a conta da luz quando poderia deixar para outra altura que houvesse mais dinheiro ou viver como antigamente sem luz. Para quê ter televisão por subscrição se posso muito bem aguentar com a fantochada dos outros canais e não assistir a programas onde esta senhora participa. Vivemos de uma maneira idiota sim porque temos de trabalhar muito para conseguirmos ter pão na mesa e conseguirmos pagar as despesas correntes. Viver acima das possibilidades é o que todos os portugueses gostam porque os bancos têm sempre crédito para oferecer a boas taxas.

Em todas as famílias existe o costume como os da senhora Jonet  - “os meus filhos lavam os dentes com a torneira a correr” e também se tem uso de lavar a loiça em água corrente, o que é um grande desperdício de água – já para não falarmos na necessidade de tomarmos banho regularmente, quando sabemos que isso é um desperdício.

O dinheiro não chega para tudo e as nossas prioridades nem sempre são as melhores “ou vamos a um concerto de rock ou podemos tirar uma radiografia quando caímos numa aula de ginástica”, até porque os portugueses têm todos essa mania de aulas de ginástica, os ginásios são um em cada esquina e a fila de espera para se ter aulas de ginástica demonstra que este luxo não deveria estar ao dispor dos portuguesas e os concertos de rock deveriam terminar – além de tudo o que são concertos de música ou espetáculos culturais que são o abuso às prioridades das famílias.

É uma verdade: “se não há dinheiro para comer bifes todos os dias, não podemos comer bifes todos os dias (…) estávamos habituados a comer bifes todos os dias ou achávamos que podíamos comer”. Eu próprio comecei a ficar enjoado da quantidade de bifes que comia. Todos os dias a mesma receita, já que a alternativa, que seria marisco, não sou apreciador. Por essa razão, hoje optei pelo frango para desenjoar um pouco e do qual me arrependi porque temos de viver com menos e frango é algo que está acima das minhas possibilidades.

Não se esqueçam: “em Portugal podemos estar mais pobres, mas não temos miséria” porque temos tudo o que necessitamos e que compramos acima das nossas possibilidades. Os que vivem na rua, debaixo da ponte ou em casas sem condições de habitabilidade, assim como aqueles que não têm comida e vão ao Banco Alimentar são pessoas que estão mais pobres e nunca na miséria.

Eu compreendo a senhora Isabel Jonet e não percebo quanta contestação há nas ruas contra os governos e todas as políticas que têm sido feitas contra os portugueses e contra os seus empregos. Foram os portugueses que permitiram os roubos como o BPN, privatizações a preço de saldo, PPPs, etc, etc, etc.

VITÓRIA DE OBAMA - O HOMEM POR QUEM ROMNEY REZA!

Manuel Pereira de Sousa, 07.11.12

 “Este é um momento de grandes desafios para a América e rezo para que o Presidente tenha sucesso em conduzir a nossa nação”.

São palavras públicas de Mitt Romney no seu discurso, onde assumiu a derrota eleitoral, naquelas que foram as eleições mais disputadas e mediáticas dos EUA e até mesmo no mundo. Crente ou não, Barack Obama vai necessitar bem da ajuda divina para governar nos próximos quatro anos, apesar de este ser o seu último mandato.

O atual e reeleito Presidente saiu vitorioso, por ter quebrado a regra em que não se reelegem Presidentes em tempos de crise económica e com taxas de desemprego elevadas.

Os EUA, tal como os países Europeus, tem alguns problemas económicos e orçamentais por resolver e para os quais necessita de rigor e grande contenção, para evitar o aumento da dívida pública - que poderá atingir dentro de quatro meses os 16,4 biliões de dólares - e de défices de contas públicas excessivos.

No seu discurso de vitória, Obama lembra que temas como a reforma da emigração e política energética, dependente do petróleo serão prioridade, assim como, uma reorganização fiscal. O mundo ficará atento à continuidade de política externa, sobre a qual se espera mais ação que promessas como aconteceu no primeiro mandato – resolver a questão de Guantánamo, a retirada definitiva das tropas do Afeganistão e do Iraque e intervenção no processo de paz entre Israel e a Palestina.

É certo que o Presidente se mostra com mais otimismo e com mais coragem para o próximo mandato, apesar do caminho ser bastante difícil. Os votos no colégio eleitoral foram 303 (acima dos 270 que determinam a vitória), mas a Câmara dos Representantes ficará sob o domínio dos Republicanos, que poderão impugnar muitas das decisões que os democratas tentem aprovar.

Prefiro um Obama, que um Romney. O que vos parece?


Remendo: Barack Obama forçado a negociar com republicanos para evitar precpício fiscal

OBRIGADO PELO DESTAQUE DE HOJE

Manuel Pereira de Sousa, 07.11.12

Obrigado Sapo, por mais este destaque no dia de hoje.

É sempre bom o destaque que o blogs do Sapo faz aos seus autores. Pelo menos, uma possibilidade de sair do anonimato aos poucos e de mais algumas pessoas poderem ler o que por aqui se escreve - ainda que, por vezes, saiam textos sem pés nem cabeça.

Espero que continuem a passar por cá não tiverem mais nada para ver ou ler e de espalharem a boa nova - basta fazer like na página do facebook do Blogue do Manel.

Bem... Vou pensar na próxima crónica. Aguardem. 

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