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BLOGUE DO MANEL

A vida tem muito para contar e partilhar com os demais. Esta é a minha rede social para partilhar histórias, momentos e pensamentos, a horas ou fora de horas, com e sem pés nem cabeça. Blogue de Manuel Pereira de Sousa

BLOGUE DO MANEL

A vida tem muito para contar e partilhar com os demais. Esta é a minha rede social para partilhar histórias, momentos e pensamentos, a horas ou fora de horas, com e sem pés nem cabeça. Blogue de Manuel Pereira de Sousa

UMA CARTA A DONALD TRUMP

Manuel Pereira de Sousa, 29.01.17

Caro Donald Trump,

Escrevo-lhe esta carta, que ficará apenas divulgada no meu blogue, para lhe dizer que estou surpreendido. Surpreendido pelas imensas promessas que está a cumprir – um político que cumpre com o prometido na campanha eleitoral -; em tempo breve – não e lembro de um político que na sua primeira semana está a executar tudo o que prometeu. Se na primeira semana de governação já despachou tantos decretos, imagino que daqui a 4 anos os EUA estejam totalmente diferentes do que conhecemos atualmente.
Nunca fui fã do povo americano, mas nada tenho contra, talvez agora tenha mais porque permitiu a sua eleição. Pensei que o povo americano fosse mais sério e não se deixasse levar pelo populismo que o senhor presidente foi lançando durante a campanha. Se calhar até lhe acharam piada e decidiram deixar que chegasse ao poder só para ver a forma como governaria o seu país. Espero que aqueles que votaram em si estejam contentes pela concretização das suas promessas. Acho que Hillary Clinton não teria a mesma capacidade de trabalho como o senhor, pois seria a continuidade do Senhor Obama que já muito trabalho tinha feito para uns EUA mais dignos e mais igualitários como refere a constituição. Na realidade, o senhor Trump já fez mais asneiras que o Obama em todo o tempo de governação – se bem que os erros de Obama não são comparáveis com as trapalhadas do Trump.
Não sei se o povo americano apenas irá contestar nestes primeiros dias de governação e depois se calará ou se as contestações continuarão a subir de tom, tendo em conta o aumento da aplicação de decretos que são um atentado à constituição americana.
Sr. Trump, com tanta contestação nestes tempos, os media americanos vão estar constantemente “agarrados aos seus calcanhares” pelas piores razões – espero que não o larguem -; por essa razão, aconselho a ter uma máquina de propaganda muito bem afinada se não quer uma revolta – mais que uma CIA ou um FBI, em Portugal tivemos um modelo que o ajudará bastantes como a PIDE; mas basta percorrer a História dos países europeus e onde existiram ditaduras, existiram polícias políticas.
Espero que o senhor tenha a consciência que os seus eleitores precisam de um programa como o Obama Care se querem ter um acesso a um sistema de saúde. Espero que o senhor se lembre que muito do sucesso dos EUA a nível económico está em cérebros que vieram de outros países. Lembro que se quer livrar dos ataques terroristas deve pensar numa política externa mais aberta e com base nas negociações amigáveis – no tempo do Senhor Obama, os EUA estiveram em paz nos atentados comparado com o temos sofrido na Europa -, e deve analisar os números em relação à criminalidade proveniente de americanos.
Se a sua intenção é criar barreiras e muros, para que o seu país seja isolado, pense no que vai acontecer com as exportações - a pensar só no consumo interno -; na falta de massa cinzenta para desenvolver tecnologia; na ajuda que vai precisar do resto do mundo quando acontecer aquelas catástrofes naturais causadas pelo desrespeito do meio ambiente – que o senhor considera uma treta. Se espera fechar ao mundo, também espero que o mundo se feche em todas as formas ao seu país e daqui a uns anos veremos o que resta do sonho americano – se fizer uma boa campanha vai querer dizer que estão bem, quando o povo necessita de liberdade.
Tive desejo de escrever estas palavras, só para libertar aquilo que pensava, quando assisti à tristeza das notícias de hoje, onde dezenas de pessoas foram detidas nas fronteiras devido ao seu fabuloso decreto anti-imigração. A sua justificação é tão protecionista: “Não queremos deixar que se infiltre alguém que procure prejudicar-nos. É tudo. Sei que em alguns casos isto vai causar inconvenientes.” – falta saber até onde resulta este protecionismo.
Não tenho o prazer de ser mal-educado com os demais, nem gosto de destilar ódio nas redes sociais, mas não posso deixar de lhe dizer que o senhor é um Homem sem princípios humanistas, será um presidente terrível, ignóbil e odiado. No fundo, o senhor até não tem culpa porque me responderia que foi eleito depois de ter feito a campanha que fez e só está a cumprir as suas promessas – por um momento desejaria que não cumprisse as promessas e o mundo estaria mais sossegado.

Não estou sossegado e temo pelos tempos que se aproximam – sobrará para todos.

E AGORA?

Manuel Pereira de Sousa, 20.07.13

Durante alguns dias permaneci no silêncio político, simplesmente para tentar perceber e digerir a decisão do Sr. Presidente da Republica – decisão que terá deixado muita gente estupefacta e uns quantos revoltados.
As sucessivas reuniões entre a troika da política à portuguesa terminou com um final pouco desejado para o Sr. Presidente – não há acordo.

E agora?
Vamos para eleições antecipadas?
Continuamos a ter o Governo actual com uma remodelação?
Será possível que o Presidente mude de ideias e opte por um Governo de iniciativa Presidencial?

Por momentos pensei que um governo de “salvação nacional” era pouco convincente - poucas alterações poderia trazer. Seria sempre um governo a prazo, ainda que a um prazo alargado até 2014 e onde os consensos seriam difíceis - cada partido teria de defender a sua posição, através do ataque e ajuste de contas, para que o eleitorado não se confunda.

E agora? Continua a ser a grande questão.

MUNDO AO CONTRÁRIO - O PRESSÁGIO DA BANDEIRA

Manuel Pereira de Sousa, 07.10.12

Há uns dias alterei o título do meu blogue, substituí "Tudo do Avesso" por "Mundo ao Contrário". Chego à conclusão de que se tratou de um presságio, um mau presságio, que se veio a confirmar no dia 5 de Outubro - a bandeira Nacional foi hasteada ao contrário.
Dizem que hastear um bandeira ao contrário é sinal de socorro, nada mais coincidente de um país que se encontra numa fase tão dolorosa e a pedir socorro para se libertar desta classe política, assim como, para se libertar da crise em que se entalou.

Mas, a quem se destina esse pedido de socorro? À Europa? Como se a Europa pouco se importa com o estado do país e apenas sabe apoiar as medidas de austeridade para que Portugal não saia do Euro (para evitar o fim do Euro). Um pedido de socorro aos vizinhos Espanhóis (que se encontram numa situação semelhante e que poderá ser bem pior do que a nossa)? Será um pedido de socorro aos chineses que vêm comprar um país a preço de saldo? Aos céus para que faça acontecer o milagre da multiplicação da riqueza (não me parece que Deus multiplique a riqueza que depois é retirada pelo Estado dos bolsos dos contribuintes)?

O hastear da bandeira ao contrário é uma imagem simbólica do estado da nossa Republica, a que o nosso Presidente parece estar alheado, mesmo depois de tantas contestações populares.

Até quando ou quando será que a bandeira será novamente hasteada com a dignidade que merece? 

 

Público: http://www.publico.pt/Pol%C3%ADtica/antonio-costa-assume-responsabilidade-pelo-hastear-da-bandeira-ao-contrario-e-pede-desculpa-a-cavaco-1566118

E SE O PRESIDENTE SE CALASSE?

Manuel Pereira de Sousa, 23.01.12

O Presidente da Republica não é o político interventivo que ousou ou que propagandeou ser durante as campanhas que o levaram à vitória. É um político pouco interventivo e das poucas intervenções que efectua é infeliz. Muitos portugueses gostariam que ficasse calado - sempre seria a melhor alternativa, para que da sua boca não sai asneira, que cria ainda mais revolta no povo português.

Na sua recente deslocação a Guimarães para as cerimónias do arranque de Guimarães Capital Europeia da Cultura, ouvi a quantidade de assobios e apupos que os milhares de portugueses lançaram à sua passagem, fruto da crescente insatisfação pelos comentários prestados durante a semana passada.


 


Se o Presidente se queixa das boas reformas que recebe - que quase não lhe chegam para pagar as despesas correntes - como se sentirão os milhares de portugueses que vivem com um mero salário mínimo ou aqueles que têm os seus salários em atraso e mesmo aqueles que viram os seus direitos diminuídos por causa dos recentes cortes do Ministério das Finanças?


 


Em vez de um Presidente interventivo, temos um Cavaco Silva conivente com o que de mau se passa no nosso país, onde o simples português vive cada vez mais esmagado com as suas despesas e cada vez incapacitado para enfrentar o futuro.

Já era tempo das coisas mudarem definitivamente, a começar numa classe política imoral.


 


Manuel de Sousa


manuelsous@sapo.pt