Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

BLOGUE DO MANEL

A vida tem muito para contar e partilhar com os demais. Esta é a minha rede social para partilhar histórias, momentos e pensamentos, a horas ou fora de horas, com e sem pés nem cabeça. Blogue de Manuel Pereira de Sousa

BLOGUE DO MANEL

A vida tem muito para contar e partilhar com os demais. Esta é a minha rede social para partilhar histórias, momentos e pensamentos, a horas ou fora de horas, com e sem pés nem cabeça. Blogue de Manuel Pereira de Sousa

BRAGA: EXPROPRIAR PARA QUÊ?

Manuel Pereira de Sousa, 16.05.13

Braga passa despercebida aos olhos do nosso país, apesar de ser uma das maiores cidades do nosso país. Porém, existem alturas em que o seu nome é público por razões menos boas e que envolvem a política e os negócios de alegado favorecimento – expropriação de terrenos contíguos à Casa das Convertidas.

Segundo denúncias da oposição, a Câmara teria intenção de expropriar terrenos para a construção de uma Pousada da Juventude, sendo que esses pertencem a familiares directos do Presidente da Câmara, Mesquita Machado. Os terrenos terão sido vendidos quatro dias antes a uma imobiliária, para depois ser iniciada a aquisição por parte da autarquia. Apesar dessa venda, o valor a ser pago pela autarquia seria para pagamento da hipoteca existente em nome dos familiares do Presidente da Câmara.
Além disso, ainda não existe projecto para a pousada ou qualquer certeza para o financiamento do projecto, apenas uma pressa na expropriação dos ditos terrenos.

O assunto tem andado na boca das gentes da cidade, que têm condenado estas actuações e que apenas foram travadas graças à denúncia vinda dos partidos da oposição, que mostraram-se, ainda bem, atentos ao desenrolar do processo e permitiram que o mesmo fosse travado a tempo.

Por muito cristalino que seja o processo, para o cidadão comum tem tudo menos de cristalino – trata-se de um alegado favorecimento familiar. Falta saber se isto continuará impune perante a lei ou mesmo nas eleições – se bem que Mesquita Machado está de saída da presidência do Município.

Mesmo que exista transparência, que duvido seriamente, para quê expropriar terrenos para um projecto que não existe e que nem garantia de financiamento existe?

Assim se organiza o poder autárquico e assim se criam buracos públicos que os portugueses mais tarde têm de pagar. Qual o peso dos buracos “camarários” no défice público?