Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

BLOGUE DO MANEL

A vida tem muito para contar e partilhar com os demais. Esta é a minha rede social para partilhar histórias, momentos e pensamentos, a horas ou fora de horas, com e sem pés nem cabeça. Blogue de Manuel Pereira de Sousa

BLOGUE DO MANEL

A vida tem muito para contar e partilhar com os demais. Esta é a minha rede social para partilhar histórias, momentos e pensamentos, a horas ou fora de horas, com e sem pés nem cabeça. Blogue de Manuel Pereira de Sousa

ESTÁ MAU TEMPO - CULPA DE QUEM?

Manuel Pereira de Sousa, 09.02.14

Além disso, a costa portuguesa sofre de uma falta de ordenamento e isso torna-se
numa das principais razões para a degradação costeira e o perigo para pessoas e
bens. Em vez de se protegerem dunas e manter as praias de forma intacta,
permitiu-se na construção desenfreada – hoje o mar ameaça bater novamente às
portas.

 

O tempo tem estado tão mau, que mesmo os que gostam de chuva já devem estar cansados destes dias de inverno. Sentimos na pele o quanto o clima está a mudar. Dizem os entendidos que se trata do aquecimento global, sobretudo nos polos e que vem provocando o desgelo e a consequente subida do nível da água do mar. Com este aquecimento dos polos, a atmosfera também está a mudar e tem estado muito violenta, sobretudo para quem vive no hemisfério norte. Ficamos expostos aos extremos – verões muito quentes e invernos tempestuosos.

A costa portuguesa está seriamente ameaçada e somam-se estragos enormes a cada passagem de uma nova tempestade. A força das ondas é tão forte que algumas praias estão a ser engolidas e a desaparecer – desaparecem mais rapidamente as que têm maior intervenção humana. Pelo que tenho visto nas notícias, as zonas onde mais se investiu para proteger as casas da fúria do mar são aquelas onde as tempestades e a força do mar se tem feito sentir com mais força. Quanto mais se luta contra a natureza, mais ela se manifesta contra o Homem – a gestão tem de ser ao contrário, em função da natureza. As grandes obras de betão e cimento – dizem os especialistas – resolvem o problema no imediato, mas não a longo prazo; a utilização de materiais naturais como areias ou madeira são os mais adequados para o controlo das marés e a proteção costeira.

Além disso, a costa portuguesa sofre de uma falta de ordenamento e isso torna-se numa das principais razões para a degradação costeira e o perigo para pessoas e bens. Em vez de se protegerem dunas e manter as praias de forma intacta, permitiu-se na construção desenfreada – hoje o mar ameaça bater novamente às portas.

Por muito que assunto seja debatido estes dias, em que se avizinha uma nova tempestade, acontece o mesmo que no verão com os incêndios – passada a época dos fogos e deixa-se de falar no assunto.
Este é o mal do nosso país que o faz permanecer imóvel – muito por culpa da classe política que só fervilha em função do tempo e da situação.