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BLOGUE DO MANEL

A vida tem muito para contar e partilhar com os demais. Esta é a minha rede social para partilhar histórias, momentos e pensamentos, a horas ou fora de horas, com e sem pés nem cabeça. Blogue de Manuel Pereira de Sousa

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O ASSALTANTE É LOBO E VESTE PELE DE CORDEIRO!

Manuel Pereira de Sousa, 22.05.16

 

Artigo de Pedro Santos Guerreiro.jpg

                 Excerto do artigo de Pedro Santos Guerreiro, Expresso, 21/05/2016

 

Concordo plenamente com as palavras de Pedro Santos Guerreiro. Sabemos bem que é verdade. Não há que esconder ou fazer de conta que não sabemos. Para se roubar um banco não é necessário ir encapuçado e de arma em punho, sequestrar toda a gente que se encontra no interior da Agência. O ladrão tem de ser mais esperto. Tem de entrar com pele de cordeiro, para depois mostrar que é lobo - só mostra quando todo o trabalho já está feito. Foi assim que aconteceu no BES. O lobo sai e o que sobra fica dentro para alguém limpar. Sim. Este tipo de ladrões deixa muito que limpar. A devastação é grande.

Mas, a melhor maneira de se ser roubado é quando muitos são donos do banco. São quando pagam do bolso as injeções de capital. Fazem crer que são donos do banco, mas apenas quando há prejuízos para liquidar. Assim se vendeu a imagem do BES, comprar papel comercial duvidoso ou acorrer ao aumento de capital, enquanto o lobo estava dentro para o golpe fatal.

Dizem que vivemos acima das possibilidades. Falsas generalizações. Os bancos viveram acima das possibilidades. Foram estes que deram créditos em jeito de prenda aos amigos. Amigos da onça. Meros parasitas da economia nacional.

Falta saber se ainda há mais lixo para limpar debaixo do tapete. De surpresas já estamos cheios. Existe o medo que algum outro lobo com pele de cordeiro exista em alguma administração à espera do momento para o seu golpe final. 

O ÉBOLA CONTAMINA A ECONOMIA E A OPINIÃO PÚBLICA.

Manuel Pereira de Sousa, 09.08.14

O vírus Ébola parece ter chegado a Portugal, muito antes dos recentes acontecimentos em África. Há muito que ele contamina a economia portuguesa, que a cada sinal de retoma cai de seguida por mais uma crise em alguma empresa que domina o sistema. Já o disse: a economia portuguesa é muito pequena e vacila quando uma das grandes empresas passa por um momento menos bons ou quando uma pessoa que era Dona Disto Todo cai em desgraça pública, pelos erros que cometeu alegadamente em favor de si próprio e da sua família santa.

Poderia dizer que já chega de tantos artigos sobre a história do BES e de Ricardo Salgado, mas sendo este um assunto que domina a economia do país, que interessa a todos os portugueses – não apenas aos clientes – e que a cada dia que passa tem cada vez mais contornos económicos e políticos, interessa sempre falar dele as vezes que forem necessárias. As opiniões que passam pela opinião pública são óbvias e todos concordam, mas são tão necessárias como a necessidade de nos lembrarmos sempre do assunto porque os segredos duraram tempos demais para nosso prejuízo. Um prejuízo que agora sai caro a todos.

Agora que “a corda rebentou” somos todos economistas de bancada e com créditos de opinião como se fizéssemos diferente do que fez o Governo, o Banco de Portugal, a CMVM ou a Justiça. Até poderíamos fazer porque todos tinham possibilidade de agir em tempo próprio. Porém, para quem está de fora a visão das coisas é sempre muito diferente daquela que se tem quando se está dentro - as circunstâncias do momento e os jogos de poder são fundamentais, determinantes e condicionam a movimentação das estratégias.

Prefiro criticar, mas sempre com a reserva de que essa critica vale o que vale perante a verdade dos factos e o calor do momento. Até porque seria sínico se dissesse que este assunto não me tem interessado. Tem todo o meu interesse pelas circunstâncias que envolve o meu dinheiro como cliente e como fiel contribuinte deste Estado.

Por vezes, somos “8 ou 80” – passivos demais ou extremistas. Corre nas vais. É a manifestação do vírus. Aquele que contamina a economia do país.